A ARANHA TIRA FÉRIAS

Cada vez mais me desanimo de acompanhar esportes, tudo bem que para nós apreciadores, ele é paixão, mas para os atletas é profissão, meio de sobrevivência e mais do que títulos o que importa é ganhar o máximo de dinheiro possível dada a curta carreira; Não acho que Anderson Silva tenha entregado a luta por dinheiro, pois disso ele não precisa, uma luta apenas não faz diferença para o Multibilionário UFC, que movimenta muito em termos de marketing e produtos licenciados, mas essa derrota e toda a repercussão que houve me fez pensar que para um esporte ainda na adolescência publicidade é tudo, e é com isso que contam os senhores da luta, é só juntar algumas peças para se chegar a uma conclusão: às vespéras da Copa do Mundo de Futebol, o esporte mais popular do planeta, toda e qualquer outra modalidade fica obscurecida, no UFC não existe nada que dê mais publicidade do que a derrota do maior de todos os tempos, (Spider) por sete anos seguidos ele foi o Titã invencível o campeão que todos queriam derrubar para ganhar os louros da glória após sete anos tudo ficou chato, ele sempre ganhava e dias depois outro desafiante aparecia, fórmula que tinha tudo para se desgastar e... desgastou... Agora não, as posições se inverteram o campeão é o desafiante, quer recuperar sua coroa, todos querem gritar “O campeão voltou”, “O gigante acordou” isso gera publicidade capaz de rivalizar com a copa do mundo e manter o UFC na mídia, no fim das contas o saldo da derrota de Anderson Silva foi:

01- Bom para spider, pois tira “férias” e pode curtir um pouco da fortuna ao lado da família, após longos sete anos, o peso das costas é aliviado, e ele pode descansar.

02- Bom para Cris Weidman que pode gozar do “Status” de campeão por um tempo, se souber usar isso a seu favor, tem muito a ganhar

03- Bom para o UFC que ganha publicidade, as expectativas pela revanche crescem e mantém o esporte na mídia, às vespéras da Copa do Mundo, vamos ver se será capaz de rivalizar.

No fim das contas, não houve perdedores nessa derrota, além do nosso sono e intelecto.

Jorge Luís