CANSAÇO NA CABEÇA

Um dia desses percebi que alguns pensamentos, um tanto esquisitos, insistiam em ficar dando voltas dentro da minha cabeça. Meio aborrecido, com isso, resolvi dar uns safanões no cérebro. Quase todos trataram de vazar, rapidinho. Mas, um deles cismou de se mostrar renitente e desafiador; não quis dar o fora, nem por um decreto.

Tentei ver televisão, não deu certo. Lá estava o Pastor Malafaia, possesso, vociferando aos quatro ventos descendo a ripa no ativismo homossexual. Mudei o canal e pronto. Dei de cara com o Leão Lobo revirando os olhos, desmunhecando e com aquele sorriso cheio de dentes brilhantes. Apertei o botão do controle remoto, mais uma vez e, veja quem aparece: Nelson Rubens com o bordão que tirou emprestado de Ramsés II, no mesmo dia em que ambos foram mumificados. “Eu aumento mas não invento!”. Num último alento, tentei outro canal. Lá estava um cara pra lá de chato, falando aos berros e mais rápido do que o raio. Era um anúncio das Casas Bahia! Dei um pulo, gritei um “porra”, bem alto e desliguei a droga da TV.

Deixei o sofá e fui até à sacada do apartamento para tomar um ar e bisbilhotar o que acontecia lá embaixo, na rua.

Não deu tempo! Meus olhos foram logo ofuscados pelo brilho incômodo da torre de uma igreja que fica há poucos metros da minha casa. Eram os raios do Sol que refletiam naquela peça de arquitetura sacra e furavam os meus olhos que se trancaram em profunda agonia.

Foi exatamente aí que o tal pensamento intrujão resolveu se manifestar. Agora, todo crente e dono de si.

Um dia, quando morava em Guaratinguetá, vinha do Rio de Janeiro, voando em um velho B-25 da Força Aérea. Na época servia na Unidade sediada naquela cidade. Fora um vôo rápido e seguro, em razão dos motores potentes e da excelente manutenção a que a aeronave era submetida.

Quando nos aproximávamos de Aparecida, ouvi, lá de dentro da cabine, os pilotos praguejando imprecações das mais severas. Pensando que se tratava de algo lá no painel de instrumentos, aproximei-me dos dois e pude ser testemunha ocular do que estava acontecendo:

O Sol das quatro e meia, em céu de brigadeiro, incidia com toda a falta de bom senso na torre da Basílica. De lá, um santo raio ofuscava os olhos dos pilotos que se viravam para seguir a agulha da bússola da maneira que lhes era possível.

Passado o contratempo, alguns dias depois, o tal pensamento abusado começou a se manifestar lá dentro dos meus miolos: Qual seria o motivo pelo qual as torres de quase todos os templos religiosos são pintados ou revestidos de dourado? Por extensão, que razão também envolveria a profusão de pinturas, ícones, afrescos e outras produções artísticas no interior, também em ouro ou dourados? Era isso que vinha martelando na minha cabeça, por uns tempos atrás.

Afinal, um templo é conhecido como “A Casa de Deus”. Assim, igrejas, sinagogas, mesquitas, ashrams, e templos em geral são lugares em que o homem se dirige para a louvação e adoração ao Criador. De qualquer modo, quase todos ostentam cúpulas, torres, minaretes e decoração interna de ouro, ou dourada.

Essa profusa utilização do precioso metal induz à uma pergunta: O que tem Deus a ver com o ouro? Desde quando é costume do homem enfeitar a Casa de Deus com esse metal que é, igualmente, associado ao diabólico e ao avarento?

A possível resposta pode não agradar a muita gente. Mas, e daí? Não se pode agradar a todo o mundo! Cada qual tem o seu modo próprio de ver e, certamente, muitos apresentarão as suas justificativas.

No entanto, se pudermos dar crédito ao Zecharia Sitchin, veremos que esse costume poderia ter seu nascedouro juntamente com as nossas origens.

Sitchin, em seu “O Décimo Segundo Planeta”, fundamentado em dados obtidos pela Arqueologia em sítios da antiga Suméria, garante que há centenas de milênios atrás, seres de um planeta denominado Nibiru estiveram aqui na terra com o objetivo de pesquisar, lavrar e coletar um metal de que necessitavam. Segundo as traduções de inscrições cuneiformes, tais seres estavam com a atmosfera de seu planeta carecendo de ouro monoatômico e vieram aqui em missão exploratória.

As equipes alienígenas, altamente evoluídas, eram integradas por cientistas cujo domínio do conhecimento, sobretudo da Engenharia Genética, é impensável para o homem hodierno. Para possibilitar a extração sem penalizar as próprias equipagens, resolveram desenvolver projetos genéticos que culminaram na criação de servos de uma nova raça; a raça de humanóides híbridos, os “lulus”.

Durante muito tempo, esses humanóides eram destinados à lavra, extraindo o metal que era transportado para Nibiru. Com o objetivo atingido, os nibiruanos foram se retirando do planeta, deixando aqui alguns dos seus descendentes que, nessa altura dos acontecimentos acabaram por receber, dos humanos, o status de “deuses”.

A extração do ouro que, deixou de ser o objetivo primordial, permaneceu em menor escala, atendendo agora à uma religiosidade que se afirmava. O ouro passa, então a ser oferecido aos deuses de maneira ritualística. A partir de então, os templos que eram erigidos passaram a ter esse tipo de revestimento interno ou externo em lugares considerados importantes. O clero resultante dessa atividade religiosa se encarregou de coordenar as oferendas e a aplicação do ouro nos templos que, mais tarde, foram transformados em “sacrifícios” nos quais eram se imolados animais das melhores estirpes.

Aqui, abrimos um parêntesis especial para as torres e os minaretes.

São obras de arte que se assemelham a “mísseis”, com “ogivas” apontando para os céus, numa espécie de mensagem ou de um desejo oculto de que a humanidade possa, um dia, voltar para a casa paterna.

No âmbito científico, essa aspiração pode estar bem perto de se tornar realidade, quando pensamos no estágio de avanço em que se encontram a Engenharia Genética, a NASA e órgãos correlatos.

Amelius
Enviado por Amelius em 12/06/2013
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