UM PARTIDO

Um “partido político” se organiza com “afiliados” e simpatizantes. Todos, em princípio, com interesses ideológicos semelhantes. Dentre esses afiliados, um pequeno grupo idealizador se instala na direção, o “diretório central”. Os membros do “diretório”, afinizados entre si na ideologia, nos interesses e conveniências, na época que antecede as eleições organizam uma “convenção partidária”. Nela, todos os afiliados votarão para “eleger” os candidatos que concorrerão ao pleito.

Mas, quem são os candidatos apresentados para votação, pelos afiliados, para a disputa eleitoral? São figuras próximas e alinhadas com os membros do Diretório que, em reuniões, fechadas obtiveram consenso em razão de compromissos e troca de benesses já contratadas.

Em suma. Nas famigeradas “convenções partidárias” os afiliados votam nos candidatos que os “Diretórios” já elegeram a portas fechadas. A isso chamamos de “Democracia”; puro jogo de cartas marcadas.

Enquanto isso, os afiliados e simpatizantes se mobilizam em passeatas, carreatas e comícios, se esgoelando à tripa forra, sem saber que os vencedores, por antecipação, já foram escolhidos dentre os pares e afins do “diretório”.

Dirão alguns: É! Mas a legislação obriga a afiliação partidária para ser candidato!

Está certo! Mas, quem legisla?

Os eleitos pelo povo, mobilizados pela “propaganda mentirosa”, foram, antes, escolhidos pelos membros do “diretório”. Logo, ao assumirem as cadeiras no Congresso, estão comprometidos com os interesses escusos dos “donos” do partido... Assim, legislam em causa própria, loteiam as diversas instâncias do governo e se encastelam no poder surrupiando o tanto que puderem...

Esse é o berço da corrupção que se esconde na falsa democracia em que estamos atolados até o pescoço; partidos, diretórios e convenções partidárias...

Depois de eleitos os candidatos jogam para o espaço as promessas de campanha passando a atuar nas atividades de Estado. Quando o cidadão eleitor, inconformado, passa a manifestar, em praça pública o seu descontentamento, mandam a polícia baixar o cacête nos seus próprios eleitores!

É isso que está acontecendo, todos os dias, bem embaixo dos nossos narizes. Afinal, em quem você vai votar, nas próximas eleições?