Crônica do Meio Dia ( Hã? 5D? Poxa, nem cheguei na tv 3D)

E enquanto o povo preocupa-se com o que não é concreto nos alicerces humanos e espirituais, enquanto procuram deixar cair por terra à individualidade (individualidade que nos separa da vida unicelular) a fim de tornarem-se um só corpo, uma só alma, o mundo sofre, rios e mares morrem, florestas choram, animais penam conosco a expiação de nossos carmas... Somos roubados, maltratados e esmagados;  nossos filhos perdem seus direitos quando seus professores usam de seus direitos; o Deus que nos dizem ser o certo presenteia seus bajuladores com carros importados e contas gordas no exterior, enquanto isso, milhares de vidas morrem na fome do descaso de seus onipotentes olhos...
Como fragmentos de fogo de uma espada que é fundida por um ferreiro, tantos outros se dispersam, e nem os que buscam iluminação a seu modo, e nem os absolutistas nômades em suas crenças difusas e vaidosas, conseguem mover-se em um eixo indicador de que, de fato, encontraram um meio de subir ao, tão almejado, pico da águia!
Enquanto espiritualistas quânticos espremem seus miolos em esforço sobre-humano a fim de compreender a mecânica singular do universo, tantos outros sonham com extraterrestres que lhes contam o que há por trás do universo material, informações cômodas e mastigadas (mal entendem o simples e ainda complicam... Humanos, até quando?)... Tudo isso mostra uma crescente presunção, mediante que nosso “despertar” parece ser a taboa da salvação de outras civilizações e até mesmo a continuidade do universo depende de nós humanos. Relendo a Genisis de Moises, percebe-se que os formadores de ciclos espiritualistas da nova era ainda possuem a mesma prepotência de nosso autor legislador do senhor Javé... toda a imensidão do universo e tudo que nele há, foram construídos quando tinha o Arquiteto o seus pés nesta Terra, que ainda se mostra disforme e irregular. Estrelas, tão somente pequenos luminares para embelezar os céus de humanos, no primeiro instante nasce a noite e o dia e tão somente no terceiro instante da criação o astro que define a escuridão e a luz em nosso planeta é criado, (cegos de soberba, soberba que até hoje são hastes em nosso DNA).
E no meio de toda loucura, existem homens que se contentam com a beleza misteriosa das estrelas sem tentar desvendar o motivo pelo qual pesam sua massa no lençol do tempo-espaço; e para cada centena destes homens existe um  que procura ir além da beleza e ignora todas as “grandes” descobertas cientificas e religiosas e sem medo de parecer tolo, descreve suas próprias certezas e deduções sobre o movimento dos astros, torna-se estudioso por conta própria de nossa ascendência intelectual e na limitação de seu próprio intelecto entrega a grandiosidade do passado de nossos ancestrais  nas mãos de “Alienígenas do Passado” , menosprezando assim a própria capacidade e ousadia humana que o faz bisbilhotar e tagarelar sobre o impossível.
Em suma,  como diria meu amigo pirata, Fernando, “ Não fazemos sentido algum!”
Nos incomodamos com grupos que se julgam e se comportam como perfeitos, nos irritamos com esses, pois apontam o dedo e julgam em nós o que para eles é de se condenar, e em nosso “direito” queremos, por vários meios, provar que estão errados, e como fazem eles, nós também condenamos.

Certa feita, falei em palestras sobre homens que tentam burilar suas formas humanas para serem resgatados por naves, tantos outros esperam o arrebatamento... Agora me pergunto?
Qual o proposito, para onde irão?
Fazer das supostas realidades elevadas o mesmo que fizemos aqui?

Como se fosse fácil deixar para trás milênios de erros cometidos, apagar  com uma borracha feita de “OMMMMMMMMMMMM” e prana toda a desgraça nascida de nossa origem, e desta forma pegar o trem das 7 horas... (Em casa todo hospede tem por obrigação arrumar a cama antes de ir embora).
Mas os que criticam tais procedimentos fazem o que mediante suas ambições espirituais? (Sim, tudo é ambição, peca em vaidade quem diz que não)
Enquanto homens tentam subir mais alto, correndo em uma disputa intima com outros homens; enquanto homens julgam homens; enquanto todos se perdem nesta egrégora mesquinha da busca pela razão, o mundo da terceira dimensão se desfaz em meio aos olhos dos iludidos, que no egoísmo de suas próprias vidas vivem sozinhos o nascer da nova era e a chegada da quinta dimensão. (Onde?)
Deus em amor morre na ires da humanidade e enquanto todos os senhores do saber discutem problemas que não lhes competem; enquanto extraterrestres visitam homens; enquanto eu estou aqui, sentado em minha vergonha e falando da vergonha do alheio; enquanto sonhadores dizem que correto mesmo são seus pensamentos e que tudo eles sabem; enquanto homens sonham com paraíso e bajulam seus deuses; enquanto uns se elevam em suas meditações e tornam-se um com a criação, quem está na frente de todos é o mendigo, que despreocupado com estrelas e deuses, divide, sem poder dividir, um pedaço de pão seco doado em um “grande” ato de caridade de um cristão... Somos pateticamente tolos e isso me envergonha.

Eu sou Thoreserc
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 06/05/2013
Reeditado em 06/05/2013
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