Pena de morte, maioridade criminal.

Caríssimos (no sentido financeiro) deputados, senadores e outras autoridades desse país. Mais e mais vezes estamos aqui no mundo real de onde vocês partiram e não se lembram mais, estamos aqui desfilando em ruas e avenidas carregando cartazes, pedindo justiça, pedindo proteção Divina, porque a de vocês não temos. Os crimes hediondos se multiplicam, e vocês continuam sentados em poltronas confortáveis, discutindo verbas de gabinetes, nos provocando colocando em postos chaves pessoas que a população desaprova, desafiando leis e sentenças. Na semana passada uma dentista foi morta incendiada, na retrasada um garoto levou um tiro no rosto, e tantos outros crimes foram cometidos nesses últimos anos por jovens assassinos e cruéis que se escondem sob o argumento de que são menores, ou “de menores” na linguagem deles. Vocês continuam sorrindo durante as intragáveis propagandas eleitorais que tomam espaços a toa na tv, e eles, os infratores, também continuam rindo de nossas desgraças.

Toda vez que acontece um crime hediondo, desses que chamam à atenção e que tomam espaço na mídia, vem à baila a velha questão de diminuir a idade penal, seja lá que nome vocês costumam usar. Logo, uma autoridade engravatada com a voz impostada, aparece dizendo que não se pode legislar sob comoção e logo tudo cai no esquecimento de vocês. A sociedade enlutada sai às ruas, faz abaixo assinado, e vocês continuam sentados recebendo o décimo quarto, o décimo quinto, as verbas de gabinete, as passagens aéreas, sem se importar com nada. A cada quatro anos, vocês vêm até o mundo real pedir votos e prometer coisas que jamais cumprem. Graças a Deus estou livre disso, Não Voto Mais Em Ninguém!

A pena de morte não existe no código penal, mas nós, os cidadãos de bem que sustentam vocês, estamos sujeitos a ela todos os dias. A pena de morte ronda nossas casas, nossos filhos, as escolas, os carros parados em semáforos, mas para vocês é causa pétrea, não há discussão. Só os bandidos e delinquentes podem aplicar a pena de morte nesse país a um jovem que chega da escola, ou a uma dentista arrimo de família em seu trabalho. Tudo é ainda pior quando um “de menor” confessa, ou é orientado a confessar o crime, ele escapa ileso, no máximo vai para uma fundação que não educa e não corrige ninguém para cumprir “medidas sócio-educativas”

A maioridade, caríssimos, não está em ter 14,16 ou 18 anos. A maioridade criminal está na capacidade de um ser humano cometer o crime, tenha ele, 9, 10 ou 17 anos e onze meses! Se um garoto de 12 anos é capaz de matar, deve ser capaz para responder por seus atos.

Os familiares de Cinthias e Victors Hugo não pensam como o senhores, elas choram pelas perdas, e clamam por justiça.

Laerte Russini
Enviado por Laerte Russini em 01/05/2013
Reeditado em 04/05/2013
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