DE MIL... UMA VISÃO DO CASAMENTO

DE MIL... UMA VISÃO DO CASAMENTO

A virtuosidade do casamento está na proporção direta da satisfação no mesmo; e a respeitabilidade deste ato está do lado oposto a sua troça. Assim a satisfação faz frente às duas ações anteriores, na beatificação da própria palavra “casamento”.

Às vezes as alegrias e as esperanças transportam-nos para mundos inimagináveis, é onde resta-nos a obrigação de querer continuar casados.

O demônio encarregado da vida conjugal faz de todas as qualidades de nobreza e felicidade, dos nubentes, atributos insignificantes frente a um tédio mortal que os tornam indignos de interesse um pelo outro. O que também, os fazem pensar nestas qualidades como quando recobrimos a pobreza toda vez que nos vemos obrigados a consolar um pobre por carência.

Ainda assim continuamos a casar desde a aurora da criação.

Muitos casamentos são mantidos á base de aparências, às vezes, irrepreensíveis, o que torna uma afronta às seus propósitos; uma união de almas, num lar. Estas mesmas aparências podem ser comparadas, ou até mesmo arroladas numa analogia de uma palavra nova, que nos fascina na primeira vez que a vimos. Não paramos de repeti-la e de colocá-la em tudo que é canto, do que falamos e/ou escrevemos, até que ela nos cause o mesmo efeito que “cadela” ou “panela” ou “farinha”, ou qualquer banalidade; assim perde sua novidade, seu sabor! Talvez esqueçamos seu sentido, o que a torna uma palavra esquisita que não quer dizer nada e não há mais razão alguma para utilizá-la. E talvez, se um dia aparecer numa leitura nossa; e, quando a lermos ficaremos espantados, mas... É só!

Donde alguns concluem que perante o casamento, assim como à morte, todo cuidado e toda precaução são poucos e inúteis.

É quando muitos se lançam a libertinagem como forma de fugir, ou até mesmo para se vingar da própria obrigação que o casamento traz, como qualquer outra que a vida nos oferece.

Não sei se para contrariar tudo escrito acima ou para reforçar apenas o segundo parágrafo; estou casado a trinta e cinco anos; e, satisfeito. Será?

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 05/03/2013
Código do texto: T4172402
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.