Que o passado seja louvado

Tratar do futuro é uma conversa difícil, pesada, dispensável, às vezes, desanimadora; agora, refletir o passado causa-nos um reviver, uma nostalgia animadora, um rejuvenescimento, um conforto, uma segurança sobre a condução dos fatos, um contentamento que nos coloca em cada intervalo da seqüência dos assuntos que nos vêem à tona nas mentes que na conversa interagem. Este trazimento nos causa um rejuvenescimento, pois nos posiciona no palco como se estivéssemos vivendo a cena do diálogo. Quando falamos do passado fazemos com toda propriedade, pois foram os caminhos pelos quais percorremos, logo os construímos e os conhecemos como as palmas das nossas mãos. Quando digo caminhos construídos, significa dizer que os fizemos com todas as dificuldades da época e dos meios que então nos eram disponíveis, mas com exuberância de esforço e determinação, pois estávamos edificando as passagens pelas quais, doravante, iríamos percorrer, mesmo sabendo que depois de qualquer reta há sempre um desvio, com ou sem obstáculo para se transpor. Todos nós temos um grande e bonito passado e que merece ser relembrado, contado, reverenciado, até por que não existe presente sem passado e não existirá futuro sem presente. As dificuldades vividas no pretérito, fazem parte das tentativas e acertos. Ter passado é ter história é ter méritos. Que o passado seja louvado.