ENQUANTO O SONO NÃO  VEM (EC)
 
 
Três da madrugada e o sono que é bom... nada! Não sou de desesperar pela falta dele, nessas horas  costumo indagar: sono, pra que te quero, se tenho um bom livro pra ler , uma boa música pra ouvir e um pensamento vadio,   com velocidade maior do que a da luz batendo os quatro cantos do mundo, mesmo este sendo redondo. Falei em livro, tenho em mãos  “SOMBRAS E ASSOMBRAÇÕES”, escrito por  Marina Alves, presente  recebido de Maria Mineira , que de tão boa leitura - e para provar que sou corajosa -  estou aqui em plena madrugada às voltas com almas do outro  mundo sem me deixar  invadir pelo medo. E, em matéria de música, o que ouço? Quem está aqui choramingando no rádio  as suas mágoas é o Julio Jaramillo  pedindo para que “No me toques  “Ese Vals” porque Ella lo cantaba e elle já não quer lembrá-la, se sente bien estar solito e canta pra ex-amada: “ Me estoy acostumbrando  a no mirarte / me estoy acostumbrando a estar sin ti / Ya no ti necessito / tu ya no me haces falta” .

 
Ah, o amor... Como sofrem as pessoas por esse sentimento, pois não?  Ah, deixa pra lá! Enquanto isso o pensamento anda à  solta, divagando... Mergulho no tempo e chego até Sócrates, ele que disse que nada sabia, no entanto,  sabe  o que ele disse sobre o amor em seus diálogos?  Que era o único sentimento que ele podia entender e falar com conhecimento de causa. Já Platão imaginava o amor  uma caçada, e não me pergunte o porquê, que nada sei.


É... parece que o sono está chegando... e o bom disso tudo é que “ me stoy acostumbrando a estar sin ti”. Sem o sono?  Claro que sim, estúpida!
 
(Este texto faz parte do Exercício Criativo (EC)  sob o título “Enquanto o sono não vem”, outros textos versando sobre o mesmo tema neste link: http://encantodasletras.50webs.com/enquantoosono.htm 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 21/01/2013
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