Uma floresta mais útil

A fome existe e existirá em progressão geométrica, enquanto a demanda da alimentação se pronuncia em progressão aritmética. A famosa Lei de Malthus é uma realidade incontestável. Com maturidade e quando desprovido de qualquer preconceito ideológico, mas dentro do princípio da equivalência de resultados, é oportuno avaliar se as florestas nativas dispersas em todo o mundo, no meio urbano e no campo, em especial aquelas árvores que não dão bons frutos, doravante, parte delas fosse progressivamente sendo substituída por árvores frutíferas, vegetais comestíveis, flora medicinal e afim, reflorestamento de madeiras nobres de interesse industrial e estratégico e outras de concepção ornamental, entretanto, tudo questionando e sem desconhecer o seu elevado grau de importância para o equilíbrio geo-humano do planeta. A princípio consorciando com as atuais, todas em sintonia com o equilíbrio do eco-sistema, sendo política e ecologicamente corretos, etc, tudo mediante orientação científica e mercadológica do Estado, conservando o princípio da adaptabilidade regional, cultivando as espécies com o mesmo poder de fotossíntese das suas remanescentes em cada bioma e com iguais propriedades essenciais à vida humana, ao manejo da fauna, dos animais domésticos e à própria flora, talvez assim contribuísse para corrigir o grave problema da pobreza absoluta, da severa escassez de alimentação já em plena ascensão, minimizando a cifra de desemprego e banindo o desmatamento doloso, criando uma civilização produtiva, calcada na era de uma verdadeira e profunda permacultura.