Tenho comigo que em nossas vidas tudo acontece a seu tempo e hora. Das ocorrências boas devemos subtrair os eventos nefários e assim conduzirmos nossas vidas de forma afável. E esse pensar sempre me leva ao mais antigo livro “Bíblia Sagrada”. Ou quem sabe, esse mais antigo livro me transporta a pensar.
Há uns dez anos passados, abri aleatoriamente a Bíblia Sagrada e para minha grata exultação me saiu Daniel. Li tudo sobre sua passagem Bíblica.
- No dia seguinte em Santos onde morei por trinta anos fui pagar algumas contas. E caminhando por uma avenida movimentada deparei a minha frente com um garoto de cor branca ladeado de dois garotos da cor parda. Um dos pardos tinha em sua mão um vantajoso estilete e o outro pardo um revolver. Percebi logo que se tratava de um assalto. O garoto do meio mexia em seus bolsos. Ele usava uma bermuda dessas sete oitavo, não sei como se chama esse “modelito” que os jovens usam mostrando inclusive as alças de suas cuecas.
-Lembro-me que num átimo apertei os passos, quase que correndo após uns três metros de distância e dei a meia volta em direção a eles. Dei na verdade a chamada meia volta vou ver?! E aos gritos meio que irritados disse olhando para a vítima apontando para uma loja abaixo: Daniel seu pai esta aqui naquela loja  procurando por você. Ao que os assaltantes correram, mas correram muito. Creio eu, estejam correndo até hoje.
O garoto trêmulo me abraçou dizendo que estava sendo assaltado e que eu o salvara. Perguntava-me de onde eu o conhecia ao que lhe respondi que não o conhecera de parte alguma. Afirmei que estava atrás deles quando percebi o assalto, daí corri a frente e voltei com essa sentença.
 O garoto perturbado com o que lhe acontecera e com o fato de eu chamá-lo pelo seu legítimo nome acrescentou que acertei seu nome, porém errei ao dizer que seu pai o esperava em uma loja vez que, seu pai falecera há três meses.
- Do outro lado da Avenida havia uma floricultura e enternecido o rapaz Daniel me convidou para atravessarmos a Avenida Dona Ana Costa vez que pretendia me oferecer um buquet de rosas. Minha pressa recusou seu delicado ato.  Eu pretendia alcançar os bancos abertos. Em rápidas pinceladas contei a ele que no dia anterior li a passagem de Daniel na Bíblia. Todavia perguntei-lhe se ele faria algo por nós. Prontamente o jovem respondera que sim. Então lhe pedi que lesse a estória do seu chara na Bíblia Sagrada. O garoto prometera que naquele mesmo dia leria.
Na despedida lembrei-me do “Poetinha” Vinicius de Moraes que dizia: “São bons os encontros da vida”. Agradeci a Deus por aquele encontro.
-Sou muito eclética, assim sendo, pergunto:
-Coincidência? A alma do pai desse garoto imbuído em protegê-lo se valeu de mim? Ou fui usada por Daniel? Acredito que Deus me fez instrumento do livramento ao Daniel. Como eu, certamente Daniel se lembrará “ad petuam” desse fato. E que Deus o dê o livramento sempre e sempre. (Do meu livro A Força da Mulher Best Seller).
Lúcia Borges
Enviado por Lúcia Borges em 19/01/2013
Reeditado em 11/06/2016
Código do texto: T4092587
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