CURIOSIDADE B
CURIOSIDADE B
Seu FICO ficava toda tarde na esquina onde morava. Era fácil encontrá-lo ali parado, sério, observando o movimento dos carros na rua.
Inúmeras vezes o vi ali parado, no mesmo lugar, como a contar, não a cantar.
Como a curiosidade matou o gato, certo dia, perguntei ao quitandeiro da esquina:
- Sabe o que tanto faz àquele senhor ali parado no mesmo lugar?
- Seu Fico? Sei não! Mas achamos que seu Fico fica vendo os carros passando na rua.
- Bom! Pensei o mesmo. – Confessei.
Depois de agradecer pela informação, voltei para casa ainda mais preocupada com seu Fico. E imaginei: Será que seu Fico não enjoa de ficar olhando para os carros?
E seu Fico continuava o seu ritual todas as tardes até o anoitecer. Até que um dia, não o avistei. Outro dia se passou e nada do seu Fico.
Voltei ao quitandeiro e perguntei:
- Seu Fico morreu? Nunca mais o avistei na esquina.
- Morreu não! Agora seu Fico fica na outra quadra. Achamos que ele cansou de ficar no mesmo lugar.
- Fico feliz pelo seu Fico. Ele continua com seu passa tempo favorito.
O quitandeiro coçou a cabeça e respondeu: - Não é diversão nenhuma para seu Fico. É saudade mesmo!
- Como? – questionei curiosa.
- Seu Fico dirigiu táxi a vida toda. Depois que operou os olhos, a família tirou-lhe o carro.
- Coitado! Mas por quê?
- Ele está sem poder ver. Só escuta o ronco dos carros.
Escrito por Cristawein
CURIOSIDADE B
Seu FICO ficava toda tarde na esquina onde morava. Era fácil encontrá-lo ali parado, sério, observando o movimento dos carros na rua.
Inúmeras vezes o vi ali parado, no mesmo lugar, como a contar, não a cantar.
Como a curiosidade matou o gato, certo dia, perguntei ao quitandeiro da esquina:
- Sabe o que tanto faz àquele senhor ali parado no mesmo lugar?
- Seu Fico? Sei não! Mas achamos que seu Fico fica vendo os carros passando na rua.
- Bom! Pensei o mesmo. – Confessei.
Depois de agradecer pela informação, voltei para casa ainda mais preocupada com seu Fico. E imaginei: Será que seu Fico não enjoa de ficar olhando para os carros?
E seu Fico continuava o seu ritual todas as tardes até o anoitecer. Até que um dia, não o avistei. Outro dia se passou e nada do seu Fico.
Voltei ao quitandeiro e perguntei:
- Seu Fico morreu? Nunca mais o avistei na esquina.
- Morreu não! Agora seu Fico fica na outra quadra. Achamos que ele cansou de ficar no mesmo lugar.
- Fico feliz pelo seu Fico. Ele continua com seu passa tempo favorito.
O quitandeiro coçou a cabeça e respondeu: - Não é diversão nenhuma para seu Fico. É saudade mesmo!
- Como? – questionei curiosa.
- Seu Fico dirigiu táxi a vida toda. Depois que operou os olhos, a família tirou-lhe o carro.
- Coitado! Mas por quê?
- Ele está sem poder ver. Só escuta o ronco dos carros.
Escrito por Cristawein