Esse tal de Facebook

     Acabo de chegar de uma delicatesse. Comprei o champanhe nacional para comemorar a chegada de 2013, embora deteste essa bebida. 
     Mas, se é para cumprir a liturgia da passagem do ano, que se aceite tudo sem restrições.  
     2013! Jamais imaginei chegar ao décimo terceiro ano do terceiro milênio. Pelas minhas contas, chegaria, no máximo, ao ano 2000. 
      Todos os meus cálculos falharam, e aqui estou eu, navegando, remando, sobrevivendo, saudável, e cheio de esperança. 
     Manuel Bandeira escreveu: "Ah, como doi viver quando falta esperança". Dessa dor eu não padeço.
     Eu escrevi lá encima: esse tal de Facebook! 
     Abro-o ou acesso-o, como queiram, e ele me entrega uma mensagem de um amigo que já vive as primeiras horas de 2013. 
     Cá em Salvador, no momento em que escrevo essa crônica, a última deste ano,  é crepúsculo, depois de um dia de um sol esplendoroso, despedindo-se pomposamente de 2012. 
     De onde passa sua segunda lua de mel, na Indonésia, meu amigo Lucas me manda, pelo Facebook, fotos bailando no primeiro baile de 2013, em Bali. Todas trazem sua contagiante simpatia e o sorriso espontâneo e inconfundivel de sua Luana.
     E pelo Facebook desejei ao amigo - que vive talvez um momento de inigualável paixão em sua vida sessentona - um 2013 alegre e feliz ao lado do seu novo amor.
     Os últimos raios do sol de 2012 ainda enfeitam o céu da Bahia,  trazendo-me uma saudade danada... Não gosto de despedidas; nem do tempo... 
       
      
Felipe Jucá
Enviado por Felipe Jucá em 31/12/2012
Reeditado em 05/11/2019
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