Por mim eles jejuam!

A quem eu temerei se ao meu lado está aquele que cuida de mim e me chama de filho?

Pouco me importa os olhares e os disse me disse constrangedores.

Uns dizem que é, outros se matam nas dúvidas!

E minha preocupação fica cada vez mais do tamanho de um grãozinho de areia.

A quem eu temerei se tenho o oceano para ultrapassar? E o que é melhor, a nado ainda!

Não posso, não vou e nem penso em parar.

Me entristeço? Sim, inúmeras vezes, mas para que se mordam ainda mais é claro que não permaneço.

A quem eu temerei se meu jeito foi arquitetado por mãos não humanas. Fui planejado cuidadosamente por um Mestre que nunca frequentou a escola, mas que aos doze anos já ensinava nos templos.

E hoje esse Mestre me instrui no aperfeiçoamento de mim mesmo, mas a essência Ele não me permite mudar. Ele apenas me adverte onde devo melhorar.

A quem eu temerei se quando cansado estou não posso nem se quer sentar. Pelo contrário, sou jogado em covas hostis, cheias de leões famintos, a meses sem se alimentarem.

E acredite. Não me tocam e nem me arranham mesmo no jejum ao qual se encontram e ao invés do massacre fatal na maior comodidade faço deles travesseiros.

A quem temerei? Perdoe-me, mas a ninguém!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 27/11/2012
Reeditado em 27/11/2012
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