Ela mata!!!

Nesta crônica estarei falando acerca da inveja.

Sentimento mais que antigo.

O primeiro homicídio da humanidade ocorreu justamente por causa dela: a maldita inveja.

Narra-se nas Santas Escrituras que Caim matou Abel por invejar seus atributos, qualidades e carisma que desfrutava dos seus pais (Adão e Eva).

Caim tinha inveja até da caça que Abel fazia. A Bíblia diz que Deus aceitava a oferta de Abel e rejeitava a de Caim pois sabia o que estva no coração deste.

Falar deste sentimento é por demais chato, enfadonho, mas pertinente, pois, como meus escritos alcançam uma gama elevada de leitores, acredito que posso contribuir positivamente para que possamos, atenuar os índices que refletem o quanto esse sentimento continua em voga na atualidade.

A inveja é uma doença. Um mal crônico. Uma lepra desgraçada que só nos traz infelicidades.

Desconheço alguém que seja portador dessa moléstia que tenha uma história de sucesso para nos contar.

Desafio encontrar alguém que assumiu categoricamente ser invejoso e que tenha uma vida feliz, saudável e completa.

Invejosas são pessoas divididas, diminuídas, consideram-se incapazes, não enaltecem seus pontos fortes, pois focam-se em estar sempre à sombra do seu ídolo, seu mito, seu modelo. São metades!

A vida passa. O tempo que não é tolo, não perdoa, e, um belo dia, o invejoso descobre que transformou-se apenas numa carcaça humana e que nunca teve identidade, pois vivia à margem de uma outra imagem.

Sejamos autênticos, sem máscaras, capazes.

Conheçamos nossas limitações, trabalhemos e tratemos delas, pois ninguém é superhomem aqui neste mundo velho e enganador.

É comum que algumas vezes sejamos assolados por esse sentimento. Faz parte da nossa estrutura humana. Dizer o contrário seria uma utopia, uma inverdade, uma mentira escrabosa.

Inclusive, tem pessoas especialistas em promover noutras esse sentimento, no sentido de incentivá-las a tomarem rumo em sua vida.

Sei do caso de um pai que tinha duas filhas. Uma gostava de estudar a a outra era totalmente folgada e descompromissada com o porvir.

O pai, para instigar a filha dispersa, disse: - É minha filha, estude não. Prá que estudar, não é? Deixe estar. No futuro você será empregada da sua irmã!

Pronto! Foi mais que suficiente para que aquela jovem, outrora desinteressada nos estudos tivesse uma nova visão acerca do futuro e enfiasse a cara nos livros.

Não sou a favor desses 'incentivos' forçados, mas que neste caso específico surtiu um grande efeito, ah, isto é fato. Eu conheço a história de perto!

Certamente que não foi a inveja que motivou a filha outrora desinteressada a querer estudar, mas o fato de alguém que a ama ter-lhes alertado sobre o seu futuro nada promissor.

É bom sabermos distinguir motivação de incutação de invejas.

Compareço a algumas palestras motivacionais e sempre filtro o lado positivo das histórias e parábolas de conquistas que nos são repassadas.

Sinceramente, não sinto inveja, mas sempre almejo chegar em algum lugar mais cômodo e menos sombrio. É característico, é típico do homem ser assim. Seria hipocrisia dizer o contrário. É lógico que o homem quer granjear coisas terrenas, mas é imprescindível que haja um equilíbrio nesse querer, senão vira uma patologia denominada: Lepra da Inveja.

Quando mais jovem, tive uma amiga que não se conteve e disse:- Fátima, eu tenho uma inveja medonha de você. Sei lá, esse teu jeito, tua altura, tua inteligência, tua alegria, etc.. (Um monte de coisas que eu nem dou bola), mas que eram invejadas por aquela criaturinha que foi tão sincera comigo.

Comecei a tratá-la. Cuidei da sua mente, disse que cada ser humano tem seus atributos únicos e que ela era linda, um doce de pessoa e não um vulcão como eu. rsrsrsrsrs. Falei que eu achava linda a forma mansa e delicada dela se pronunciar, que vez por outra eu desejava ser baixinha, mignon (como falam no Ceará), etc.. Finalizando: descobri que ela me admirava e não me invejava e que a recíproca era verdadeira. Somos amigas até hoje.

Sejamos sonhadores, nunca invejosos.

Tenhamos objetivos, nunca adversários.

Beije o pescoço de alguém, mas não pise no pescoço de ninguém.

O seu dia chegará!

O meu, por fé, já chegou!

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 15/11/2012
Reeditado em 18/11/2012
Código do texto: T3988098
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