“ O ÚLTIMO JOGO DO GRANDE GOLEIRO LINO “

Numa tarde de domingo ensolarado foi-se jogado o último jogo da vida do grande goleiro Lino, que defendia tudo, mas às vezes levava uns frangos... Mas vamos à história deste goleiro que um dia fez uma aposta meio sem jeito com o Marcus Rios, dizendo que se ele tomasse um gol do meio de campo ele enceraria a sua carreira brilhante de goleiro, aposta feita e fomos todos para o jogo.

Certo dia num domingo um grande jogo pelo campeonato municipal no Estádio de Terra Corrida, iriam se enfrentar Marcus Rios e o Goleiro Lino, não sabendo ele que seria a tua última partida como goleiro. Foi um jogo de muita emoção, torcida gritando, jogadores correndo muito, suando, pois estava um calor muito forte. Lino não sabe como, mas defendia tudo que ia a sua direção, ele pulava, fazia lindas pontes, estava todo feliz gozando a todos, pois ele parecia uma muralha, pois a cada defesa ele se agigantava mais e mais.

Terminou o primeiro tempo e ele todo sorridente foi descansar, tomou água, chupou uma laranja e como sempre vinha gozar-nos os jogadores do outro time dizendo que ninguém hoje faria um gol nele. Lino era somente alegria, pois ele sabia gozar e estava tentando fazer com que cada jogador perdesse a paciência e ficasse com raiva para não jogar nada ou quem sabe ser expulso.

Eu fiquei no meu canto pensativo, rindo do Lino e tentando armar algo para ele, para que ele pudesse se sentir derrotado para sempre, mas era impossível neste dia, pois ele estava com o espírito do grande goleiro do cascudinho do Olaria o Jerry Adriano, que quando estava coma a macaca pegava tudo e não deixava passar nada.

O juiz foi para o meio de campo e chamaram os dois times para começar o segundo tempo da grande partida, os jogadores todos apreensivos, pois valia 3 pontos e quem ganhasse estaria nas oitava de final. A torcida gritava Lino, Lino, Lino você é o nosso grande goleiro e em ti depositamos a nossa maior confiança para podermos passar para a oitava de final. Olhe para o Lino antes de começar o segundo tempo e ele todo sorridente mandava beijinhos para a torcida e beijava o escudo da terra corrida dizendo vamos ser campeões.

O jogo estava sendo jogado de um lado a outro, os dois times procurando uma oportunidade para poder fazer o gol, o Lino como sempre pegando tudo neste dia, não sei como, mas era verdade ele pegava tudo, não passava nada, até as bolas mais difíceis ele esticava todo e pegava tudo, estava muito difícil mesmo fazer um gol na grande muralha que se chamava Lino.

Aos 40 minutos do segundo tempo uma falta no meio de campo, eu Marcus Rios peguei a bola e ajeitei com carinho, bem na linha do meio do campo e o Lino fez a barreira e me disse se fizer o gol dai eu paro de jogar bola, nunca mais pegarei num gol, pendurarei as luvas e as chuteiras e começou a me gozar dizendo que eu não faria o gol e que nem força teria para poder chutar aquela bola em direção ao gol.

O juiz fez a barreira, no gol o Lino todo sorridente, na arquibancada sem banco, mas em pé a torcida da Terra Corrida roendo unha, uns dizendo Lino pega e vamos as oitava outras dizendo deram a única oportunidade para o Marquinho bater uma falta é gol, ele vai fazer como fazia no Olaria e no Barro Branco quando jogava nestes times, olhei para os lados uns torcedores escondiam o rosto, com medo de ver a bola entrar, foi se formando uma expectativa e logo o juiz apito.

Marcus Rios tomou a devida distancia e bateu tão forte e com bastante força que o goleiro Lino apenas observou o foguete morrer aonde a coruja dorme, foi uma explosão de alegria da nossa torcida, foguetes, gritos, chapéus sendo jogada para cima, alegria nos olhos de uns e lágrimas nos olhos de outros.

Corri ao encontro do Lino e disse para ele, e ai goleiro vai pendurar as luvas, ele simplesmente tirou na camisa de goleiro e disse a partir de hoje nunca mais sou goleiro e nunca mais vou agarrar em time nenhum, nem mesmo em pelada, pois estou pendurando as luvas e chuteiras depois de ter levado este gol de falta do meio de campo.

Hoje em dia sempre passo perto do Lino e ele me olham dizendo no olhar foi você que me fez parar de jogar bola, e quando os amigos perguntam para ele porque você parou de jogar bola, você era um bom goleiro, não devia ter parado de jogar bola não, ele simplesmente diz: Foi o Marcus Rios numa falta do meio de campo que me fez um gol e eu parei de jogar bola, pois nem tive tempo de pular na bola, quando a olhei estava dentro do meu gol.

A vida é assim Lino nem sempre devemos gozar o grande batedor de falta e o chutador antes de a bola fazer a tua trajetória, devemos sempre esperar para ver o resultado do chute, pois às vezes ele nos engana e faz com que tomemos decisões precipitadas e foi através de um golaço de falta que te fiz pendurar as luvas e as chuteiras, mas a vida é assim e hoje vivemos nos dois de gozar um ao outro quando nos lembramos de fatos que marcaram a nossa vida quando jogávamos futebol.

Pois naquele tempo tínhamos time e jogávamos com amor e não por dinheiro.

Marcus Rios

Poeta Iunense - Acadêmico -

Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)

Embaixador da Paz

Poeta del Mundo

Membro do Portal Cen de Portugal

Membro dos Poetas e Escritores do Amor e da Paz

Membro do Mar das Letras

Membro do Beco dos Poetas

Membro do Recanto das Letras

Membro da Associação Internacional de Escritores e Artistas.

AVSPE ( Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores )

Marcus Rios
Enviado por Marcus Rios em 13/11/2012
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