Meu outro eu

Acordei como se estivesse fora de mim, não lembrava como fui parar ali e nem o que tinha feito.

Bastou eu sair da cama para me lembrar do que tinha feito a noite passada e na hora fiquei morrendo de vergonha de mim. Caramba, desconfiei que tinha enviado um e-mail mas não tinha certeza. No caminho do trabalho sem saber ao certo se teria feito tal absurdo já fui me xingando e cada vez que lembrava ficava vermelha.

Minha curiosidade para saber se de fato tinha feito tal estupidez diminuiu assim que abri meu e-mail e cliquei em enviados, e para minha não tão surpresa eu vi que sim eu fiz esta grande e não pensada besteira.

Mania de não obedecer as ordens que o cérebro dá e agir sem pensar, li aquele e-mail boquiaberta e totalmente envergonhada. No bendito e-mail eu havia feito um convite para passar a noite com ele e dizia que não estava em meu estado normal e de antemão ainda por cima me desculpei. Vergonha total desses atos tão tão...deixe pra lá, maldita hora que fui beber, e esse meu outro "eu" faz coisas que até Deus duvida.

Fiquei naquela agonia depois para saber se viria uma resposta mal educada ou até um "você é louca?" e nada de nada.

A essa altura em que escrevo nem vergonha tenho mais,aliás tenho sim, vergonha de saber que ainda tenho esperança, o jeito mesmo é esquecer ou pelo menos tentar.

Flavia Dias
Enviado por Flavia Dias em 13/09/2012
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