INSTITUTO ARAGUAIA!

Quem não se lembra desta Escola tão querida, palco de tantas alegrias e cujos ensinamentos pedagógicos eram impecáveis sem falar na educação dada em todos os sentidos. Lembro-me que meu irmão Pérsio, que nasceu em Goiânia, foi o primeiro de nossa família a estudar no Instituto Araguaia, ele gostava muito da escola, nosso pai sempre queria ouvir os ensinamentos que ele aprendeu tão bem, era até exagerado. Uma época ele vivia lavando as mãos o tempo todo com medo dos micróbios, mas olhando hoje o caminho por ele percorrido sempre com sucesso teve uma base excelente. Depois foi a vez do David, que concluiu a primeira fase dos estudos com louvor, sempre dedicado, as lembranças são imensas e deixaram saudades. Todos os anos havia uma festa com a participação dos alunos, o teatro, os musicais, a parte cômica enfim era um verdadeiro espetáculo, lindo, bem preparado pelos professores e professoras com o maior cuidado e esmero. O auditório ficava pequeno para tantos pais, parentes e amigos dos pequenos atores. Não preciso dizer do orgulho que estampavam os rostos dos pais e professores, creio que imaginam não é?

O David foi de tudo, até coelho branco lindo, me lembro de que foi uma amiga querida, costureira, que fez a fantasia a meu pedido, ela nunca tinha feito nada igual mas tinha carinho por nós e sacrificou, confesso que deve ter dado um trabalho danado, mas deu certo. Depois foi a vez de ser um palhacinho, gente... Foi maravilhoso, ele era tão magrinho, eu fiz uma peruca com restos de lã colorida costurada numa base de meia calça, hoje fico rindo e lembrando, como éramos, criativas. O resultado ficou lindo, ele foi o mais elogiado. Todas as vezes que havia estas festas quando terminavam, mamãe, David e sempre tinha um sobrinho e sobrinha junto íamos para uma Pizzaria comemorar, nunca me esqueci de como todos os carros que passavam ao lado no nosso sempre tinha alguém que sorria e dava tchau para o pequeno palhacinho.

Bem, houve uma vez que a peça exigia um aluno representando a MORTE, a professora perguntou quem podia ser e já viram né? Ninguém queria, ela me disse depois, que ficou encantada quando o David levantou a mão e disse que poderia ser ele. Na verdade eu preparei uma camisolona preta de cetim, não é que ficou bonita! Quando ele apareceu em cena a música era apavorante e ele pulava para lá e para cá, foi a parte mais alegre, por incrível que pareça, o auditório quase veio abaixo. Lembranças maravilhosas!

O tempo foi passando e no último teatro que o David participou foi bem marcante, foi a parábola do FILHO PRÓDIGO, ele representou o pai, foi muito fiel ao texto bíblico, tanto que um programa de televisão na época, levou está encenação para os palcos da TV Anhanguera. Ficamos muito orgulhosos!

Agradeço á Deus por nossos pais terem proporcionado a nós filhos tantas coisas boas, tantos ensinamentos de acordo com a palavra de Deus e nos terem proporcionado uma ótima educação. Meus sobrinhos também seguiram a tradição e foram alunos do Instituto Araguaia.

Não posso deixar de recordar que, desde nossa infância em Ipameri até nossa vinda para Goiânia, sempre participamos de peças de teatro quer na Escola como nas Igrejas, jamais esquecerei os momentos mágicos que vivemos. OBRIGADO a nossos pais e principalmente a JESUS!

Goiânia, 04 de fevereiro de 12. Sônia.

Ofereço aos leitores e a minha netinha Gabriela este simples relato, tenho certeza que seus pais saberão, no devido tempo, ler para ela e recordar muitas coisas abençoadas!!! Ás queridas professoras meus respeitos!

Legenda e referências pessoais:

Instituto Araguaia – Estabelecimento de Ensino tradicional de Goiânia-Go;

Pérsio Pedroso de Moraes Junior e David Pedroso de Moraes – irmãos;

Ipameri- Goiás – cidade do interior;

Goiânia- Goiás – Capital do Estado;

Tv Anhanguera , afiliada Rede Globo;

Sônia Pedroso
Enviado por Sônia Pedroso em 29/07/2012
Código do texto: T3802969
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.