A Caminho do Gólgota III

Chegamos a Eilat, depois de percorridos mais de trezentos quilômetros, partindo de Tel Aviv. A cidade é importante centro turístico, de beleza natural inconfundível. Os recifes de corais fazem a alegria dos mergulhadores.

Eilat está situada no Golfo de Acaba, extremo sul de Israel, com uma população de cinquenta e cinco mil habitantes. Encontra-se às margens do Mar Vermelho que, segundo a Bíblia, foi atravessado, em seco, pelos israelitas:

"... Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco" (Êxodo, capítulo 14, versículos 15 e 16).

"Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas" (Êxodo, capítulo 14, versículo 21).

Eilat é vizinha de Taba, no Egito, e de Aqaba, na Jordânia, importante porto da região, distante cerca de vinte e dois quilômetros de Nuweiba, cidade egípcia e provável lugar da travessia do Mar Vermelho, pelos israelitas.

Pernoitamos em Elate. Assim a Bíblia chama Eilat. Ficamos hospedados em hotel próximo ao Mar Vermelho, cujas águas não têm essa coloração. Parecem azuladas. Por serem límpidas, quase cristalinas, propiciam excitantes mergulhos, nos quais se vislumbram belas paisagens aquáticas.

Conforme pesquisa efetuada pelo pastor Josué, transcrita no Guia Espiritual do Peregrino, a mais provável origem do nome Mar Vermelho é a existência da bactéria trichodesmiun erythraeum, presente na superfície da água. Durante sua proliferação, o mar fica com manchas avermelhadas em alguns lugares. Outra possibilidade seria o efeito de minerais existentes nas montanhas da costa arábica, apelidadas de montanhas de rubi.

Na noite daquele dia, depois do jantar no Hotel Daniel, onde nos confraternizamos, pequena parcela do grupo aproveitou a rápida estada em Eilat para mergulhar nas águas cristalinas e mornas do mar onde os egípcios pereceram, ao entrarem atrás do povo de Deus. Vejamos o que diz a Bíblia, no Livro de Êxodo, capítulo 14:

"Os egípcios que os perseguiam entraram atrás deles, todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavalarianos, até o meio do mar" (versículo 23).

"E, voltando as águas, cobriram os carros e os cavalarianos de todo o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar; nem ainda um deles

ficou" (versículo 28).

"Mas os filhos de Israel caminhavam a pé enxuto pelo meio do mar; e as águas lhes eram quais muros, à sua direita e à sua esquerda" (versículo 29).

Visitamos o oceanário da cidade, uma das três mais belas vistas marinhas do mundo. Os espécimes nadavam livremente nas águas do Mar Vermelho, exuberantes.

Eu e a minha esposa conhecemos o segundo maior oceanário do mundo, em Lisboa, Portugal. O primeiro encontra-se no Japão. O que visitamos naquela manhã não desmerece o conceito que lhe é atribuído. As fotografias, tiradas abundantemente, irão preencher as páginas de nossos álbuns de recordações.

Bom, caro leitor, a conta-gotas repassarei a você o que vimos em nossa viagem a Israel. Fique atento, pois serão muitas as informações recheadas da história secular e bíblica da Terra Santa. Até a próxima!