CONVERSA PRA BOI DORMIR

Tudo começou assim! Tudo terminaria assim também!.Delírios em primeiro, segundo e terceiro grau. Começaram a aparecer, de todas as partes, palavras nunca dantes vistas nestas paragens. Frases exdrúxulas também ousaram invadir este texto mais que sem noção de nada, tudo valeria a pena? Perguntas sem respostas, respostas sem sentido.

Vinte mil léguas submarinas, era a distância entre eu e eu mesmo. Mesmo. Mesmice? Não, apenas repetição. No mesmo tema, estava eu num transatlântico já em alto mar, pirado, pilhado, gritei, calado, invadido por palavras alienígenas, frases misteriosas, de outros mundos, triângulo das bermudas, sem nexo, os neurônios pululavam eufóricos, talvez entorpecidos pelo ar do oceano, sempre colorido.

Perdi a companheira que nunca tive e ganhei a liberdade que sempre sonhei. Era, foi, na realidade, uma estória triste, mas a liberdade das palavras é imperiosa, e o texto percorre todos os cantos do universo, do verso.

Não chorei, mas também não sorri. Neste ínterim, desabafando, em alto mar, distante de tudo e de todos, continuei a conviver com estas palavras fantasmas, invasoras, que assolaram minha mente.

Na verdade, eu não sabia o que estava escrevendo, não havia nenhum motivo aparente, entrelinhas, talvez eu estivesse me usando, catarse, repulsa pela minha covardia, abandonei o barco, fugi, não sabia o que estava fazendo, deus, me perdoe!

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 18/07/2012
Reeditado em 18/07/2012
Código do texto: T3784315
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