SEM TEMPO PARA ABRIR OS OLHOS

De manhã, o amanhã se tornou o agora, presente, em carne e osso, a matéria-prima da vida, pulso. MÃOS À OBRA!

De manhã, esta realidade nossa de abrir e fechar os olhos, todos os dias, da semana, do mês e dos anos, esta eternidade de sonhos!

O amanhã, hoje de manhã. Acordei. Abri os olhos. Eu não existia, certeza absoluta eu tinha. Ou estava sonhando, ainda? Quase sempre!

Abrir os olhos, pela manhã, sabor de manha. O amanhã em outro dia, de novo. O amanhã, estarei presente? Meio passado, mas estarei.

Não vejo nada além de mim mesmo, figura geométrica, desenho de rua, esteriótipo de gente, quase futuro, sempre passado, e meio.

Ando meio esquisito pela manhã não abri os olhos, mas também não fechei. Era outra dia ou outra realidade esta cena de sonhos?

Presente de grego, cavalo de tróia, livro sem letras, passado sem futuro, hoje sem ontem, amanhã sem abrir os olhos.

Hoje não estou enxergando nada, e amanhã, já fui passado também? Vi alguma coisa? Coisa nenhuma, coisa alguma, palavras atravessando o tempo, sem tempo para abrir os olhos.

Sem tempo para parar, coisa nenhuma, coisa alguma, continuo atravessando o tempo, vestido de letras, de corpo e alma, rindo à toa, menino de rua, esteriótipo de gente, atrás do futuro. Dizendo e gritando sonhando vamos abrir os olhos.

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 21/06/2012
Reeditado em 20/11/2012
Código do texto: T3736810
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