Alma reticente
As reticencias remanescentes e dissidentes se dissipam, disparates sussurrados delicadamente da boca para o ouvido surrado salientam a falta de sapiência, suspiro e soco na mente, a magia das entrelinhas desaparece, deixando vagar em desgraça a aspereza da realidade, suprimindo a imaginação.
A cognição do fantástico, magnitude do fechar os olhos e estar em uma viagem própria, não alucinógena, percorrendo os túneis humanos para além do coração que pulsa e das veias dilatadas, propulsionar a expansão do cérebro imaginativo, a grandeza simbólica do singelo milagre oriundo da essência e natureza humana, longe da perfeição, onde erros e acertos se abraçam para ser “humano”. Nem exemplo, nem fera, mas mortal, incrivelmente mortal, com a beleza de findar em ponto final o conto fantástico de uma alma que tragou o ar terreno, sóbrio e inebriado de terra e mar, felicidade e tristeza, num ser inexplicavelmente inigualável, que em traços de ensaio se torna incorrigível, e então assim bela arte para se admirar.