QUE EMBOLADA!!

Ca-ram-bo-la! Mais um bolo do namorado! Com um bolo na garganta ela entrou num táxi. Ah, o "boleiro" merecia um castigo! A guilhotina? Nem tanto. Mas ficaria bem contente se ainda existisse a palmatória e pudesse lhe aplicar dois belos bolos... Tentou superar. De bolos tinha escola: não era à toa que portava diploma de boleira e ganhava a vida fazendo bolos!

O táxi rodando e ela bolando uma ideia: fazer o quê nesse sabadão? Ô dia, ô noite! Bom pelo menos, na véspera, tinha ganhado uma boa bolada. As colegas tinham inventado um bolão de apostas: quem comia mais bolo? A Cida Bolota, ou a Luzia Bolinha? A Cida ganhou. Ela também: tava ali com o bolão de notas de 2,00 pra gastar na night... Só não contava com aquele outro bolo...

Falando em bolo, o bolo da garganta virou bolo no estômago. Era fome. Deixou um bolinho de notas no banco do táxi e saltou. Entrou na padaria “Bolo da Hora” e foi pedindo pra atendente com cara de bolo azedo:

— Um leite com toddy e um bolo de coco...

Ai, todyy embolotado e bolo embolorado! Bolada demais, largou tudo e foi saindo. Ir aonde? “Ora bolotas, ficar embolorando em casa é que não vou!” Uma ideia bem bolada? A balada “Bolo de gente”! Dançar um pouco, desestressar as idéias emboladas. Boa ideia!

Entrou no baile, e quem viu logo de cara? O cara! No meio do “bolo de gente” o pilantra do "boleiro" se embolava com uma ruivinha. Enxergou tudo preto de bolinhas roxas. Bololô à vista! Mas, pensou bem, e não perdeu o rebolado. Aliás, caprichou no rebolado! Boladíssimo, o ofendido veio tirar satisfação. E ela deu bola? Vê lá! Passou pra ele o bolo na garganta e se vingou: “Foi tu quem deu o bolo!”.

Bola de fogo! Foi o que o namorado soltou pelas ventas. Prometeu revanche... A coisa deu o maior bolo! Mas paremos por aqui ou essa história vira um verdadeiro “bolo de neve”...