TRAGÉDIAS

TRAGÉDIAS

Esta crônica foi escrita em 08/04/2011. Como o assunto não perde sua atualidade, resolvi colocá-lo para a leitura de meus amigos do Recanto.

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Ultimamente têm acontecido coisas de arrepiar os cabelos! Nunca tinha ouvido falar em tsunami, até aquele que aconteceu lá no Pacífico, se não me engano, na Polinésia. Depois, aqui no Brasil, os desmoronamentos nas serras fluminenses, e as inundações nos estados do sul. Coisas pavorosas, com milhares de mortes e desaparecimentos. E tremenda destruição!

Há mais ou menos um mês, os terremotos do Japão e o tsunami, com a agravante de ter atingido usinas nucleares, colocando em risco, não só a vida da população local, como de grande parte do mundo, se não de todo, dada a poluição das águas e do ar, pelo vazamento da energia atômica.

Agora, essa matança acontecida numa escola pública do Rio de Janeiro, no bairro do Realengo, bateu forte demais! Calou fundo! Apesar de bem menor número de mortes do que das outras, ela mexeu com o nosso sentimento, por se tratar de crianças inocentes, indefesas, pegas de surpresas, sem jamais pensarem no que estava acontecendo.

As cenas vistas pela televisão são coisas altamente constrangedoras!

Crianças correndo, tentando se safar do tresloucado atirador, que não se sabe por que carga d’águas deu-lhe na cabeça de cometer tamanha barbaridade. Só pode ser um desvio mental, um acesso de loucura! Vimos aquelas pequenas criaturas num corre-corre, algumas sangrando pelos ferimentos causados pelas balas.

Logo depois, a visão dos que tentaram socorrer as vítimas, levando-as para os hospitais. Aí surgiu a figura heróica de um sargento da Polícia Militar, que numa atitude máscula, enfrentou o assassino, dando a oportunidade das crianças fugirem. Infelizmente, mais de uma dezena permaneceu tombada!

Mais chocante de tudo, por fim, a angústia de pais, mães, avós, demais parentes e amigos, que desesperados com o conhecimento da tragédia, correram para o local, na ânsia de saber de seus entes queridos.

Cenas desoladoras! Imaginem o trauma que esses pequenos inocentes levarão para o resto da vida, revivendo o sacrifício de seus amiguinhos mortos!

Com toda sinceridade, esse episódio mexeu profundamente com meus sentimentos, a ponto de ter que enxugar algumas lágrimas, mormente, ao ver o testemunho de uma das meninas, que teve a grande sorte de sair ilesa da tragédia.

Em que mundo estamos vivendo? Como disse Ângeli, o cartunista da Folha de SP, estamos “em estado de óbito”!

08/04/2011

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 22/05/2012
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