O fato que vou narrar é real.
1- Entre os anos de 1986 e 1990, estudei na Escola Técnica Federal da Bahia, hoje IFBA.
No ano de 1988, no segundo semestre de Eletrônica, houve um dia no qual fiquei na dúvida se haveria aula ou não. Confesso que estava meio preguiçoso e escutei dizer que seria feriado municipal.
Não recordo bem do que se tratava, no entanto terminei não indo para a aula no turno matutino.
No dia seguinte fiquei sabendo que houve aula e ocorreu um teste de Física.
Aí começou o problema que motiva esse texto.
2- Preocupado decidi, no bairro que morava na época, inventar um problema de saúde que me facultasse um atestado médico.
Mas o médico o qual me atendeu estava de mau humor.
Eu simulei estar com dor na coluna, no entanto ele desconfiado não me deu atestado algum.
Me deu apenas um recibo de comparecimento.
Recordo que, conversando com um irmão, narrando o terrível drama, a tragédia mais séria que todos os embates que ameaçam a paz internacional em 2012, ele me falou:
“Ilmar, procure seu professor de Física, converse com ele o real motivo de você ter faltado!”.
Eu assustado disse que não tinha coragem. Aí ele falou não haver motivo para o medo, pois só poderia haver duas conseqüências caso eu relatasse meu drama ao temido professor:
“Ou ele vai aceitar que você faça a segunda chamada ou dirá não. Eis o pior que poderá ocorrer, o professor dizer não. Nada diferente disso pode acontecer.”
Eu não segui o conselho, mas levo essa lição até hoje.
Após completar 41 anos, não temo exércitos, leões, rinocerontes, abelhas famintas nem professores de Física.
Diante de qualquer problema, simples ou não, com razão ou sem razão, estou sempre disposto a conversar, a dialogar, a ser sincero...
Assim sou eu 100% nos dias atuais.
3- Mas voltemos a 1988,
Decidi levar o recibo ao Centro Médico do colégio.
Durante a manhã tentei pegar um atestado com o médico do turno matutino. Não tive sucesso.
Ele não forneceu o atestado médico, não aceitou o meu papo de ter ficado doente, não considerou o comparecimento à clínica do meu bairro.
Tentei falar com a doutora da tarde.
Essa médica certa vez tinha me atendido de uma forma muito rude. A expectativa não era nada boa.
Na hora do atendimento ela verificou o recibo de comparecimento e foi logo falando:
“Já sei, você conversou com Doutor Fulano, mas ele não quis te dar o atestado por causa da rasura, não é?”
Foi exatamente nesse instante que percebi minha assinatura no recibo estar rasurada.
Meio atordoado confirmei a dedução dela, recebendo, então, o atestado o qual permitiu realizar a prova tão desejada.
4- Narrando tal situação agora, percebo:
* O quanto foi providencial a assinatura que nem sequer havia percebido.
Nesse caso Deus me ajudou através de linhas rasuradas que eu mesmo escrevi.
* Ah! Que tempo bom! Esse era o tipo de inquietação que eu tinha.
Aproveito o ensejo para recordar que publiquei há pouco o acróstico “Antigamente Era melhor”.
Coincidência bacana!
Para mim o passado foi mesmo sensacional.
O fato narrado parece ter ocorrido numa outra vida, com outra pessoa, num outro planeta, mas foi comigo mesmo há exatamente 24 anos.
Incrível!
5- Recuando mais nessa breve retrospectiva, me recordo que em 1985, cursando a oitava séria, hoje equivalente ao último ano do Ensino Fundamental, estava eu e meus colegas na sala, sentados numa ordem já estabelecida, nas nossas respectivas cadeiras, aguardando o professor ou a professora que vinha dar aula.
A partir de 2003, no colégio que hoje leciono, quando ensinava no turno matutino, perdia cerca de quinze a vinte minutos aguardando os alunos entrando na sala e até saía para chamar alguns mais resistentes.
As coisas mudaram, não?
6- Sobre o episódio que motivou o texto, devo ressaltar não haver desenvolvido nenhum trauma quanto à Física ou em relação aos físicos.
Muito pelo contrário!
Adoro essa disciplina assim como amo tudo que se refere a conhecimento, estudo e reflexão.
Um abraço!
1- Entre os anos de 1986 e 1990, estudei na Escola Técnica Federal da Bahia, hoje IFBA.
No ano de 1988, no segundo semestre de Eletrônica, houve um dia no qual fiquei na dúvida se haveria aula ou não. Confesso que estava meio preguiçoso e escutei dizer que seria feriado municipal.
Não recordo bem do que se tratava, no entanto terminei não indo para a aula no turno matutino.
No dia seguinte fiquei sabendo que houve aula e ocorreu um teste de Física.
Aí começou o problema que motiva esse texto.
2- Preocupado decidi, no bairro que morava na época, inventar um problema de saúde que me facultasse um atestado médico.
Mas o médico o qual me atendeu estava de mau humor.
Eu simulei estar com dor na coluna, no entanto ele desconfiado não me deu atestado algum.
Me deu apenas um recibo de comparecimento.
Recordo que, conversando com um irmão, narrando o terrível drama, a tragédia mais séria que todos os embates que ameaçam a paz internacional em 2012, ele me falou:
“Ilmar, procure seu professor de Física, converse com ele o real motivo de você ter faltado!”.
Eu assustado disse que não tinha coragem. Aí ele falou não haver motivo para o medo, pois só poderia haver duas conseqüências caso eu relatasse meu drama ao temido professor:
“Ou ele vai aceitar que você faça a segunda chamada ou dirá não. Eis o pior que poderá ocorrer, o professor dizer não. Nada diferente disso pode acontecer.”
Eu não segui o conselho, mas levo essa lição até hoje.
Após completar 41 anos, não temo exércitos, leões, rinocerontes, abelhas famintas nem professores de Física.
Diante de qualquer problema, simples ou não, com razão ou sem razão, estou sempre disposto a conversar, a dialogar, a ser sincero...
Assim sou eu 100% nos dias atuais.
3- Mas voltemos a 1988,
Decidi levar o recibo ao Centro Médico do colégio.
Durante a manhã tentei pegar um atestado com o médico do turno matutino. Não tive sucesso.
Ele não forneceu o atestado médico, não aceitou o meu papo de ter ficado doente, não considerou o comparecimento à clínica do meu bairro.
Tentei falar com a doutora da tarde.
Essa médica certa vez tinha me atendido de uma forma muito rude. A expectativa não era nada boa.
Na hora do atendimento ela verificou o recibo de comparecimento e foi logo falando:
“Já sei, você conversou com Doutor Fulano, mas ele não quis te dar o atestado por causa da rasura, não é?”
Foi exatamente nesse instante que percebi minha assinatura no recibo estar rasurada.
Meio atordoado confirmei a dedução dela, recebendo, então, o atestado o qual permitiu realizar a prova tão desejada.
4- Narrando tal situação agora, percebo:
* O quanto foi providencial a assinatura que nem sequer havia percebido.
Nesse caso Deus me ajudou através de linhas rasuradas que eu mesmo escrevi.
* Ah! Que tempo bom! Esse era o tipo de inquietação que eu tinha.
Aproveito o ensejo para recordar que publiquei há pouco o acróstico “Antigamente Era melhor”.
Coincidência bacana!
Para mim o passado foi mesmo sensacional.
O fato narrado parece ter ocorrido numa outra vida, com outra pessoa, num outro planeta, mas foi comigo mesmo há exatamente 24 anos.
Incrível!
5- Recuando mais nessa breve retrospectiva, me recordo que em 1985, cursando a oitava séria, hoje equivalente ao último ano do Ensino Fundamental, estava eu e meus colegas na sala, sentados numa ordem já estabelecida, nas nossas respectivas cadeiras, aguardando o professor ou a professora que vinha dar aula.
A partir de 2003, no colégio que hoje leciono, quando ensinava no turno matutino, perdia cerca de quinze a vinte minutos aguardando os alunos entrando na sala e até saía para chamar alguns mais resistentes.
As coisas mudaram, não?
6- Sobre o episódio que motivou o texto, devo ressaltar não haver desenvolvido nenhum trauma quanto à Física ou em relação aos físicos.
Muito pelo contrário!
Adoro essa disciplina assim como amo tudo que se refere a conhecimento, estudo e reflexão.
Um abraço!