O sentido do amor

Quando a gente ama, qualquer detalhezinho da pessoa amada passa a ter a maior importância do mundo. Ao mesmo tempo, coisas muito importantes, mas não ligadas à pessoa amada, nos passam despercebidas...

Isso acontece quando amamos muito, de verdade mesmo, e não qualquer amorzinho vagabundo de carnaval.

Outros fenômenos muito estranhos acontecem conosco e também a nossa volta. Vemos coisas que não existem, pensamos coisas que não costumamos pensar, sentimos coisas diferentes a cada instante e consequentemente fazemos coisas muito esquisitas...

E nos raros lampejos de consciência que nos ocorrem, acabamos por NOS estranhar, não nos entender... Nos transformamos, nos tornamos pessoas completamente diferentes.

Amar provoca insanidade. É uma compensação (ou castigo?). O preço da saúde do coração é uma cabeça insana. Passamos a viver só com o coração, totalmente a esmo, sem sentido, nem direção. Sem pensar. Por mais que queiramos. Todo esforço em qualquer direção oposta ao amor é inútil diante desse imã tão poderoso.

Quem tenta entender o amor sai ressentido. O amor não faz mesmo sentido porque já é o próprio “sentido”. Tal como a vida. “O sentido da vida está em sentir”. Tal como o amor. Pois quando amamos, vivemos. E o sentido do amor está em simplesmente amar. Ponto final.

(Catalão, 18/02/2012)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 13/05/2012
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