UM TIO INESQUECÍVEL...!

UM TIO INESQUECÍVEL!

José Dias do Amaral. O Tio Zeca. Eta homem bom! Era irmão de minha sogra Lili. Deles, foi o que mais se entrosou comigo. Solteiro, tinha especial predileção pela Iara, minha mulher. Tratava-a como se sua filha fosse. Morava com a mãe, Dona Ângela. Para se ter uma idéia, quando me casei com sua sobrinha, em janeiro de 1965, além de custar muito, era difícil se obter linha telefônica. O Tio Zeca nos cedeu uma, que conservo até hoje.

Era raro o domingo em que não íamos à sua residência. Sentia o prazer que ele demonstrava, nessas ocasiões. Sua casa se situava na Vila Dora, em Santo André, bem perto do Hospital Brasil, propriedade que ainda é da família. Ele mantinha namoro com uma senhora de São Paulo, que fiquei conhecendo numa visita. Porém, nada de casar.

Por mais de uma vez, esteve em meu rancho de pesca, na beira do rio Paranapanema, no Município de Buri, Estado de São Paulo.

Ali desfrutamos belas jornadas, pois ele gostava muito da vida interiorana, bem a seu estilo, e de passar algumas horas na beira do rio, praticando a pesca. Lembro-me de que, em determinada ocasião, num domingo à tarde, quando voltávamos de lá, dia chuvoso, meu automóvel encalhou na estrada enlameada. Só estávamos nós dois, num local de movimento praticamente nulo. Com muito esforço conseguimos tirá-lo do atolamento. Minha preocupação era muito grande, pois tio Zeca possuía um problema cardíaco, que bem poderia ser agravado devido ao excesso de força efetuado por ele.

Num lugar ermo...! Graças a Deus, nada aconteceu.

Possuía uma pequena indústria metalúrgica no Bairro Jardim, na Rua das Caneleiras, defronte ao antigo Parque Duque de Caxias.

Faleceu com idade já por volta de 70 anos, tendo a infelicidade de sua mãe, bem idosa, passar a provação de ser testemunha de sua morte!

Enfim, é a vida!

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 09/05/2012
Reeditado em 10/05/2012
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