UMA HISTÓRIA NA PRAIA...!

UMA HISTÓRIA NA PRAIA...!

Costumeiramente, ali pelos anos 80, ia com minha família passar o fim-de-semana, feriados prolongados, férias, no Guarujá, Praia da Enseada, na casa dos cunhados Maria do Carmo e Duílio. Lugar muito agradável, casa muito boa, com piscina, churrasqueira e, importante, rodeada de excelentes vizinhos. Destes, o mais achegado era o Orlando, médico oftalmologista, casado com a Regina. Um casal muito simpático, hospitaleiro. Sempre estávamos juntos, principalmente na hora do aperitivo, após a praia. Somos amigos até hoje. O Orlando, apesar de oculista, tinha problemas de visão, usando óculos de grau muito elevado. Porém, essa deficiência não o impedia de ser um bom jogador de sinuca. Sua mesa e tacos eram de ótima qualidade. Geralmente, à noite fazíamos grandes jornadas.

Era muito comum, o Orlando convidar amigos de Santos, onde residia (hoje, praticamente sem visão, mora em Atibaia) para jogar sinuca em sua casa. Companheiros do clube que frequentava naquela cidade. Como ele, todos bons jogadores. Certa ocasião, veio um deles, gerente de banco, cujo nome não me lembro. Possuía tacos especiais, acondicionados em finos estojos, demonstrando toda a qualidade dos equipamentos. À altura do jogador! Formamos as duplas, e o jogo se prolongou até altas horas da madrugada. Partidas bem equilibradas. Como o visitante havia vindo de condução, àquela hora não tinha mais meios dele voltar para Santos. Então, resolveu-se levá-lo de carro. Fomos os quatro, o Orlando, o Duílio, eu e o visitante. Atravessando a balsa, sabe como é, os quatro se vendo em liberdade, já com umas e outras na cabeça, resolvemos dar uma esticada a um inferninho famoso, à beira do cais. Só para dar aquela olhadinha. E, sinceramente, não ficamos no local mais do que meia hora, mesmo porque a madrugada já estava em seus extertores. Tudo dentro da maior seriedade! Meros espectadores!

Todavia, ao retornarmos para o carro, qual não foi a surpresa, o mesmo havia sido arrombado, e os estojos com os tacos levados pelos ladrões.

Conclusão. Deixamos o amigo em sua residência, sem qualquer intenção de levar o caso à polícia. Porém, o incidente serviu de justificativa, no decorrer do dia, para explicar a noitada extravagante.

Sem maiores consequências!

(não deixe de ler o colega paulo rego)

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 02/05/2012
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