SEM PROPÓSITO

Tem dias que não sei o que escrever, e as noites são tão escuras que não acho nada para ler. Agora estou escrevendo sem ter planejado nada, sem ter pensado nada antes, e por isso não sei aonde este texto vai chegar. Quando comecei a escrever e publicar aqui neste site, eu escrevia contos, achava que era a coisa tal. Mas depois pareceu-me que as pessoas não gostam de ler textos longos. Deparei-me com contos minimalistas, que eu não conhecia, e escrevi alguns também. Será que os contos curtos vieram para se impor? Talvez sim, porque o tempo é curto nos tempos de hoje, tempo curto para escrever e para ler. Mas o que mais se escreve é poesia. As mulheres valorizam muito o amor, a família, a comunhão com Deus e as pessoas ao redor. E o que dizer dos relacionamentos virtuais? Acho que seu maior valor está na troca de conhecimentos, já que ambos os lados compartilham experiências. Mas quando todos escrevem mal, fora das normas gramaticais, o aprendizado é uma farsa com a qual nada se aprende. Aprender requer esforço, e esforço hoje em dia não vale a pena, falta tempo. O negócio é escrever de qualquer jeito, errado mesmo, é o que todos parecem pensar. Eu acho que escrevo certo, e me esforço para acertar ainda mais, detesto erros. Mais do que escritor, sou matemático. Para mim não há moleza. O inventor da lâmpada elétrica disse que o homem, para produzir uma dose de trabalho genial, precisa, antes, absorver cem vezes mais conhecimentos. Por essa linha concluo que preciso estudar muito para depois produzir algo de valor. Não estou satisfeito com nada do que já publiquei por aqui, tudo tem sido meros exercícios de escrita.