CHUVAS DE BELÉM (Phellipe Marques)

Vem princesa dos céus, das águas que nasceram nas nuvens e molharam a infância perdida no tempo da inocência.

Eterna princesa da natureza ideal que revigora os campos da seca quase interminável dos sertões.

Vem!

Princesa das lembranças eternas da vida.

Brincadeiras de criança em meio aos pingos que caem dos céus.

Águas que trazem na canção a poética natural.

Chuvas do verão adolescente, em meio ao calor corporal dos amantes, banhando o amor que se dá.

Vem, princesa das águas, ciclo perfeito da vida universal.

Mata a sede dos homens que tanto te desprezam e faz ressurgir, replantar e recriar a vida que anseia um pouco de água para sobreviver.

Chuvas de Belém, culturais, belas e essenciais.

Chuvas de Belém, poéticas, vívidas e naturais.

Chega mais princesinha dos céus, pois teu reino é a cidade morena de tantos cheiros e gostos, de tanto exotismo e perfeição.

Cai sobre a vida amazônica e alegra o povo que te contempla.

Se o amor é o sol da vida, és o véu do casamento eterno entre a vida e a recriação.

Teu brilho reflete um arco-íris em meus olhos como um prisma que delinea as cores da vida.

Chuvas de Belém são chuvas de paixão, poéticas ou não, chuvas de poesia de todos os dias.



Phellipe Marques
Enviado por Phellipe Marques em 28/03/2012
Reeditado em 28/03/2012
Código do texto: T3580582
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