Não desperdice a sua vida!

Luana estava sentada em seu sofá aconchegante.

De longe, via-se a seguinte imagem: Uma mulher bela, bem cuidada, bem trajada, de bem com a vida, lendo seus inseparáveis livros e estendendo a mão aos necessitados.

Até aí nada demais. Pelo contrário: tudo certinho!

O problema é o que outrora se passara na vida de Luana.

Tinha serviçais ao seu bel prazer, uma confortável moradia e 'aparentemente' estava tudo bem com ela. No entanto, Luana havia perdido o sentido da vida e debruçava-se sobre o álcool e outras substâncias, almejando uma razão para perserverar.

A vida tinha sido por demais dura com ela e não restou outra alternativa (aos seus olhos) que não fosse acalentar seus traumas e dores sobre as bebidas e outros vícios.

Buscava-se Luana e percebia-se o quanto ela estava preocupada com algumas coisas triviais da vida.

Quando adotamos aqui no texto, o termo: trivial, não é desmerecendo ou desqualificando a dor alheia, mas apenas frisando o quanto é corriqueiro tais dores e traumas na vida de qualquer ser humano.

Só que a protagonista desta crônica não sabia lidar com estes espinhos na carne que sobrevêm a qualquer pessoa, sem exceções.

Luana não aprendera a ser triste, a vencer barreiras, superar limites. Esqueceram de dar-lhes umas aulas práticas de como lidar com o mundo exterior.

Ela sabia muito bem lidar com suas dores interiores, porém nada sabia das dores exteriores e tão triviais que acometem todo ser vivente.

Percebia-se claramente que faltou-lhes base, faltou-lhes estrutura. Seus alicerces eram frágeis, e ela encontrou-se totalmente desfalcada, totalmente desorientada e sem saber que rumo tomar.

Como não sabia que rumo tomar, decidiu tomar uns tragos!

Lastimável escolha!

Perdeu-se entre os lençóis frígidos do submundo das drogas, enveredou por caminhos tortuosos e experimentou a dor malígna e insensível do cativeiro da dependência química.

Seus amigos se afastaram.

Sua família não compreendia o que se passava em seus devaneios existenciais.

Sintetizando: Luana chegou ao ponto mais baixo nivelado pelo ser humano. Luana chegou ao lamaçal da perversidão. Encontrou dores e

tristezas em seu caminhar. Dançou a dança dos solitários. Bebeu um amargo fel. Curtiu sua gélida e solitária travessia no mar do desassossego desta vida.

Mas a história dela não terminou da forma trágica como os indicadores apontam. Ela decidiu mudar a situação vivenciada. Decidiu ter atitudes e não deixar-se mais dominar pelos vícios e drogas afins. Recuperou o senso crítico e deu um novo sentido à sua vida.

Buscou apoio! Pediu socorro! Recorreu aos tratamentos necessários para sua desintoxicação.

A vida pregou-lhes uma peça, mas ela reverteu o jogo e hoje encontra-se plenamente restabelecida e ajudando os que ainda insistem em trilhar tormentosos caminhos, porque se acham senhores absolutos da sua vida.

Não desperdice a sua vida!

Curta cada momento como se fosse único! Porém o faça com sabedoria, prudência, honra, caráter, sensatez e coragem, pois temos que derrubar um gigante por dia, sacodir o pó, respirar calmamente e seguirmos aliviados e prontos para uma nova batalha!

Deus abençoe!

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 20/03/2012
Código do texto: T3565707
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