Pessoal, calma nesse instante. Eu sei que a maioria não gosta de ver números e números sem entender, na maioria das vezes o que eles representam. Bem, resolvi tentar entender a notícia sobre um empréstimo para pessoas ou instituições que podem pagar. Afinal empréstimo está dizendo isso mesmo, por um tempo determinado eu lhe empresto esse dinheiro e você devolve a quantia mais um pouco dele, do seu, de juros. Finalizando essa é a parte menos, posso dizer chata da situação.
Aqui está um pequeno demonstrativo sobre o que irei discorrer na minha ingênua forma de tratar assuntos macroeconômicos. Que não deixa de ser algo diferente no sentido que direi informal. Ou seja, uma dona de casa multiplicada sete bilhões de vezes, apesar de que a maioria só come o que ela produz. Mas a população mundial está nesse patamar, portanto, as crianças têm o mesmo direito dos adultos e vão receber a parte que lhes cabe, para, no futuro próximo, quando puderem ter acesso a sua mesada, pagar o que devem para a sociedade. Ou para os pais, retornando à própria poupança deles (para os que são previdentes e isso está mais do que esclarecido) e, com ela, poder fazer os estudos que lhes cabe para acessar o melhor das oportunidades na sociedade.
 
Plano de empréstimo para crianças, jovens, adultos, idosos. Ano 2012.
Pagamento poderá ser feito em até 10 (dez) prestações. Juro anual 12%.
 
Empréstimo 530.000.000.000,00    Euros
Instituições 800    Bancos
População 7.000.000.000    Mundial
Valor Unitário 75,71    Euros
Câmbio 2,2856    29/02/2012
Valor em Real 173,05    - Valor Unitário x Câmbio
Brasil 200.000.000    População brasileira
Brasil Total 34.610.514.285,71    Real
     
Dívida 1.038,32    Brasil Total / Brasil (população)
Juros - 12% 124,60    Simples – Dívida x 12%
Dívida - Total 1.162,91  
 
Muito bem, regras estabelecidas, as contas feitas e vemos, no quadro acima, a real situação de uma simples decisão de governos. Um deles, que participei, após ir junto ao grupo brasileiro que foi atrás da sua cota devida. Afinal, quinhentos e trinta bilhões de euros assim, para oitocentas instituições bancárias, é uma farra colossal em um mundo que se diz estar à beira da falência. Esse dinheiro todo, portanto, é nosso. Do mundo. E estou distribuindo equitativamente. A cada um que têm que pagar no futuro, lhe será dado a cota respectiva. Ali está. Portanto, voltando ao exemplo brasileiro, eu tive o direito de ir buscar os cento e setenta e três reais e cinco centavos (ao câmbio de hoje, como informado acima) e segui, com empréstimo para a viagem intercontinental, para a Europa. E lá, recebi, guardei no bolso e voltei feliz. Agora sim, estou milionário, quer dizer, lembrem bem, eu fui representando o Brasil. Portanto, vamos fazer uma simples conta e: digam lá, vou retirar dessa instituição o equivalente a duzentos milhões de brasileiros (um pouco menos, mas o de sete bilhões também ainda não chegaram lá – jeitinho brasileiro) multiplicados por cento e setenta e três reais e cinco centavos correspondem a? Exatamente: trinta e quatro bilhões, seiscentos e dez milhões, quinhentos e quatorze mil, duzentos e oitenta e cinco reais e setenta e um centavos.
Finalizando, eu pergunto. Você, mesmo com todas as atribuladas funções do dia a dia, com, vejamos, quatro filhos, irá se permitir pagar, em dez (10) vezes, aos juros corretos de doze (12%) por cento ao ano a essa enorme dívida de mil e trinta e oito reais e trinta e dois centavos. Os juros? Ah sim, os juros, vejamos. Cento e vinte e quatro reais e sessenta centavos. Dívida total em mil cento e sessenta e um reais e noventa e um centavos. Pronto, chega por hora. Tem o fato dos juros diferentes, o famoso composto. Deixa para lá, é um fator pequeno diante de números astronômicos. Você deve ter percebido que o valor inicial foi transformado em míseros cento e dezesseis reais e vinte e nove centavos, por mês, deixando o país em condições de pagar uma dívida assumida de trinta e quatro bilhões e alguns e imensos trocados. Vamos voltar à macroeconomia e deixar de olhar somente para as nossas casas. A esposa ajuda, não se preocupe, fazendo economia, evitando estragar frutas, verduras e legumes e passando a usar o cabeleireiro (para agradar você, ficar mais bonita) somente uma vez por semana. Não discuta essa parte, vai perder feio.
Agora, ao mundo. Já imaginou o quanto esse valor, dividido proporcionalmente, vai fazer diferença na África, por exemplo. Na Índia e todos os países populosos e ainda considerados subdesenvolvidos. Questão política, não é o principal nesse ato de fazer contas. Gostou dessas contas? Matemática é um bicho bem estranho. Consegue transformar, em pequeno, o considerado enorme. Filosofia à parte, sociologia presente, trás a felicidade para cada um de uma maneira gentil e correta.
Agora, finalizando, o que devo dizer para todos, de acordo com uma opinião que não considero abalizada e viável, apesar de ser economista e administrador de empresas. Mas, convenhamos, dividir esse montante por somente oitocentos, que é o número de instituições financeiras que irão fazer uso deles, para emprestar a vinte e tantos por cento ao ano para os mesmos países endividados, tirar-lhes as poupanças e diminuir os seus salários. Aposentados? Caramba gente, vocês não morrem não? Que coisa mais estranha. A vida acabou para vocês, esse negócio de viajar, brincar com os netos, dançar, visitar parentes em carro novo do ano é propaganda capitalista, para jovens, não para vocês. Morram. Mesmo querendo contribuir para pagar o empréstimo. Vocês tem dinheiro da aposentadoria que comporta esse valor? Bem, vamos e convenhamos, podem ficar. Mas prestem atenção, não façam outro empréstimo, principalmente os dos bancos. Combinados!?
Agora, finalizando segundamente (em segunda vez) vou participar a vocês que eles, os bancos, estão recebendo o seu dinheiro para emprestar a vocês que não lhes cobraram absolutamente nada pelo empréstimo. Má notícia? E não é isso que estamos acostumados todos os dias? Viu só, comecei a ficar pessimista, ao contrário do que essa distribuição (empréstimo) unitário poderia advir de gerar mais para a economia capitalista. O pessoal vai comprar mais com esse dinheiro. Comer, por exemplo, uma mania que é obrigatória para a sobrevivência. Pense. Discuta. Fazer contas tem que ser real todos os dias. E discutir sobre elas. Errei em algum número? Por favor, diga e contradiga. Sou afeto a discussões, acaloradas, sobre como resolver as questões mundiais. Apesar de ser um, represento duzentos milhões de brasileiros. E vou fazer uma caixinha para ajudar a pagar a minha viagem para o exterior. Não irá representar nem um centavo para cada um, menos ainda. Quer saber, chega de fazer contas.
Cilas Medi
Enviado por Cilas Medi em 01/03/2012
Reeditado em 01/03/2012
Código do texto: T3528658
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