Com a voz embargada, Mirtes declarou: - Não me julgue! Afinal: - Quem é você?
Todos ficaram extasiados ao escutarem o clamor da vizinha. No entanto, ninguém ousou tomar satisfações ou saber o que estava acontecendo, afinal estas coisas acontecem.
Realmente acontecem, mas não na família de Mirtes.
Família tradicional, conceituada, elegante, requintada e outros adjetivos.
Só que ninguém sabia que aquela fatia da família havia perdido o rumo, o foco, a estabilidade. A confusão tomou conta da situação e não havia 'cristão que desse jeito' (como bem diria Eulália, se ainda estivesse viva).
Vizinhos demonstraram-se surpresos com aquele alvoroço num lar aparentemente tão calmo, tão tranquilo, tão amistoso...
No entanto, os anos foram passando, e, como atualmente, muitas famílias acabam, desandam, aquela família estava prestes a cair, fadada a sucumbir.
Foi então, que entrou em ação uma outra pessoa. Gente que era meio que distante da família, mas sempre conectada com os assuntos relativos ao convívio familiar.
Mariá era assim. Feliz, discreta e determinada, mas de vez em quando, não segurava a peteca e findava por dar alguns palpites. Era mestre em conselhos.
Só não gostava de palpitar em uniões matrimoniais, pois sabia o quão estas relações são complexas e melindrosas.
Contrariando sua própria educação e estilo de vida, Mariá encheu o peito, muniu-se de coragem e foi tentar apaziguar aquele relacionamento já tão desgastado, tão morno e agora enveredando para o campo das agressões verbais, quase que em público. Era notório que alguém precisava acudir aquela relação. E por que não, a meiga Mariá? Mariá precisava tomar uma atitude.
Foi então que ergueu a coluna, ficou o mais ereta que pôde, tocou a campainha da casa vizinha e pediu licença para poder conversar com o casal por meros 2 minutos.
Como apenas 2 minutos iria mudar a rotina, o curso da vida de um casal com 24 anos de casados e que estavam à beira da falência conjugal?
Sei não!
Sabe Deus!
Adentrando àquele lar, que mais parecia um mar de lamentações, a jovem Mariá proferiu em tom manso e suave, apenas umas poucas palavras: - Respeitem-se mutualmente! Um lar é coisa séria! Não destruam em segundos o que vocês construíram em 24 anos! Pensem em vocês mesmos! Deus abençoe! Preciso ir!
Imediatamente, o casal se abraçou e desejou entrar para conversar pacificamente, pois é sabido que o verdadeiro amor resiste à vendavais!
Com o sentimento de 'missão cumprida', a sábia Mariá executou mais um dos seus talentos aqui na terra: - Promover a paz e a ordem por onde quer que passasse.
Você conhece alguma Mariá? Você é um Mediador ou Incentivador de conflitos?
Que você possa refletir sobre esta crônica e seja bem feliz!
Todos ficaram extasiados ao escutarem o clamor da vizinha. No entanto, ninguém ousou tomar satisfações ou saber o que estava acontecendo, afinal estas coisas acontecem.
Realmente acontecem, mas não na família de Mirtes.
Família tradicional, conceituada, elegante, requintada e outros adjetivos.
Só que ninguém sabia que aquela fatia da família havia perdido o rumo, o foco, a estabilidade. A confusão tomou conta da situação e não havia 'cristão que desse jeito' (como bem diria Eulália, se ainda estivesse viva).
Vizinhos demonstraram-se surpresos com aquele alvoroço num lar aparentemente tão calmo, tão tranquilo, tão amistoso...
No entanto, os anos foram passando, e, como atualmente, muitas famílias acabam, desandam, aquela família estava prestes a cair, fadada a sucumbir.
Foi então, que entrou em ação uma outra pessoa. Gente que era meio que distante da família, mas sempre conectada com os assuntos relativos ao convívio familiar.
Mariá era assim. Feliz, discreta e determinada, mas de vez em quando, não segurava a peteca e findava por dar alguns palpites. Era mestre em conselhos.
Só não gostava de palpitar em uniões matrimoniais, pois sabia o quão estas relações são complexas e melindrosas.
Contrariando sua própria educação e estilo de vida, Mariá encheu o peito, muniu-se de coragem e foi tentar apaziguar aquele relacionamento já tão desgastado, tão morno e agora enveredando para o campo das agressões verbais, quase que em público. Era notório que alguém precisava acudir aquela relação. E por que não, a meiga Mariá? Mariá precisava tomar uma atitude.
Foi então que ergueu a coluna, ficou o mais ereta que pôde, tocou a campainha da casa vizinha e pediu licença para poder conversar com o casal por meros 2 minutos.
Como apenas 2 minutos iria mudar a rotina, o curso da vida de um casal com 24 anos de casados e que estavam à beira da falência conjugal?
Sei não!
Sabe Deus!
Adentrando àquele lar, que mais parecia um mar de lamentações, a jovem Mariá proferiu em tom manso e suave, apenas umas poucas palavras: - Respeitem-se mutualmente! Um lar é coisa séria! Não destruam em segundos o que vocês construíram em 24 anos! Pensem em vocês mesmos! Deus abençoe! Preciso ir!
Imediatamente, o casal se abraçou e desejou entrar para conversar pacificamente, pois é sabido que o verdadeiro amor resiste à vendavais!
Com o sentimento de 'missão cumprida', a sábia Mariá executou mais um dos seus talentos aqui na terra: - Promover a paz e a ordem por onde quer que passasse.
Você conhece alguma Mariá? Você é um Mediador ou Incentivador de conflitos?
Que você possa refletir sobre esta crônica e seja bem feliz!