Éramos cinco...

Nos encontramos num período difícil de se viver a vida.

Ela abandonada, sofrendo, perdida no meio da multidão.

Eu tentando cicatrizar no coração uma ferida.

Tentando me desiludir e esquecer uma imensa paixão.

A gente se encontrou, e nos prometemos um novo caminho.

Sacudimos a poeira da vida passada, errante e mal vivida.

Nos abraçamos para seguirmos bem juntinhos.

E nos juntamos para esquecermos que o que vivíamos,

não era vida.

O tempo começou a passar e a vida foi mudando, melhorando.

A gente tropeçava, mas não errava e seguia em frente.

Unidos, crescendo, aumentando a família, seguindo.

Criamos um universo lindo, e só da gente.

Mas o que a vida dá, a mesma vida tira de repente.

Eu lutei contra o destino, mas não fui forte o suficiente.

A falta de amor por parte dela, foi aumentando fortemente.

Não deu para segurar a barra, foi forte demais.

A felicidade que tínhamos, ela foi deixando para trás.

Depois, ela se envolveu com o lado errado,

se perdeu, e não voltou mais.

O sofrimento, a dor, a ausência dela na família era constante.

O inevitável aconteceu, ela procurou outro caminho.

Mas agora eu não sigo mais sozinho.

O que restou da família, está seguindo unida.

Ao encontro de um horizonte feliz, e de uma nova vida.

Vamos levar juntos uma grande saudade.

Pois ontem, nós, éramos cinco.

Pai, mãe e três filhos.

Hoje, nós, somos quatro.

Pai e três filhos.

Mas somos felizes, de verdade!

Manaus, 03 de fevereiro de 2012.

Marcos Antonio Costa da Silva