EMOÇÕES...!

EMOÇÕES...!

Não teve jeito! As lágrimas rolaram por mais que tentei segurá-las.

Quando entrei na igreja, vendo o Álvaro, o caçula de meu irmão Waldemar, lá no altar, todo sorridente, durante o casamento do Luiz Fernando, seu filho mais novo, e fez um sinal para mim, feliz em me ver com a Iara ali, a emoção foi imensa. Há muitos anos não o via. O Álvaro é uma daquelas pessoas unânimes, todo mundo gosta dele. O coração é do mesmo tamanho de seu corpo. Muito grande. Meus filhos o adoram. Casado com a Maria do Carmo, a Carminha, uma mulher de fibra inquebrantável, vivem uma vida um tanto quanto dura, mas que enfrentam com galhardia, nos cuidados ao filho mais velho, o Luiz Gustavo, moço tão bonito, porém detentor de problemas de saúde.

Durante a cerimônia, o Álvaro, muito parecido com o pai, me fez recordar a família. Lembrei-me, naquele momento, das nossas reuniões familiares, de Dona Adelina e Seu Tonico, meus pais, o Waldemar, o Sebastião, o Roberto, Neto, meus irmãos e sobrinho ausentes deste mundo; a Guiomar, minha irmã, a Wilma, minha cunhada, a Selma, a Maria Alice, a Maria Andréa, o Ruy, o Zé Carlos e o João Paulo, todos sobrinhos. Meus filhos, o Zé Antonio (Té), o Antonio Celso (Cuca), a Pati, o Luís Felipe, apesar de bem mais novos, chegaram a frequentar alguns dos nossos encontros. Ali só estavam, além da Iara e eu, a Neide, viúva do Waldemar, sua filha Maria Eugênia, e os seus netos, Daniel e Luíza. Um número bem reduzido em vista daqueles que costumávamos reunir. Isso provocou em mim uma sensação de perda, por sentir a falta daqueles entes queridos. De saudade dos almoços dominicais, ocasião em que extravasávamos nossos sentimentos, nosso amor paternal e fraterno, em meio às nostálgicas canções italianas.

Após o término da cerimônia, ao abraçar o Álvaro, num daqueles abraços em que os corações se unem em batidas conjuntas, choramos um no ombro do outro. Um momento em que, apesar de durar alguns segundos, serviu para reafirmar nosso mútuo sentimento de amor, de há muito distanciado, porém, sem nunca ter se esvanecido.

Pode ser, também, constatada, a alegria que o Álvaro sentiu com nossa presença. Durante todo o tempo em que permanecemos na festa, aliás muito gostosa, ele praticamente não deixou o nosso lado, sempre dizendo de sua felicidade de estarmos presentes no casamento do Luiz Fernando.

Carminha e Álvaro, mais do que para vocês, foi um momento muito especial esse nosso encontro. Desde o dia em que nos foi entregue o convite da Daiane e do Luiz Fernando, em instante algum passou pela nossa cabeça, deixar de ir. Aguardávamos uma oportunidade de rever vocês.

Foi, sem dúvida, momentos de intensa emoção!

Certamente, com essa reaproximação, vamos continuar nos encontrando.

Quem sabe, num almoço, aí em Santos, quando iremos todos, os seus primos, esposas e filhos? Terei o máximo prazer em proporcionar esse encontro!

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 30/01/2012
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