O que posso e vou fazer e o que já não me interessa mais...

Não sei bem como descobri essa lista de coisas, mas acho que foi no dia que eu realmente não quis mais ir a um show de axé atrás do trio elétrico, e logo depois também não tive interesse em ver mais um cantor sertanejo ou um conjunto de rock.

Daí comecei a perceber que já existem certas coisas e lugares que não me interessam mais. Na verdade até pessoas.

Acredito que isso veio com a idade. Já confessei que nasci velha, então, acho que ia a determinados lugares meio obrigada pelos amigos, e convivia com determinadas situações e pessoas por educação.

Sobrevivi assim, muitas vezes sendo chamada de chata, e outras de antipática mesmo, mas agora, que já estou realmente ficando mais velha do que de costume, resolvi só fazer o que realmente for de meu agrado, ou o que eu não conseguir me livrar sem ser desagradável.(Ninguém é uma ilha e preciso ainda da sociedade que me cerca).

Das coisas que ainda posso e vou fazer, são as simples, como viajar mais, de preferência sozinha. Ainda sonho em fazer longas viagens de trem, por lugares onde eu possa curtir muito. Nada caro, que não tô para o esbanjamento, mas com um certo conforto. Nem pense em me chamar para acampar. Já fui, dei-me duas oportunidades, no campo e na praia. É realmente horrível pra mim. Quem gosta deve continuar acampando, desde que sequer pense em me convidar.

Existem países que sonho em conhecer, e outros que só de ver pela tv já me desanimam. Tenho certeza de que nem ganhando as passagens eu vou a determinados lugares.

Se as pessoas pararem para pensar, é o caminho natural da vida. As escolhas são assim mesmo. Existem coisas que gostamos de fazer, e sempre voltamos a elas, já outras, temos a experiência de que não foi bom, e pra que continuar?

O mesmo acontece com as pessoas que encontramos pela vida afora, algumas estão sempre, de alguma forma, povoando nossa cabeça e convivendo conosco, e outras, queremos mais é distância, por não combinarem com nosso estilo.

Fazendo estas reflexões, me proporcionei uma lista de coisas muito interessantes. Na verdade, dividi em três partes, sendo a primeira de coisas e pessoas que gostaria de conhecer, em segundo plano as que consigo de alguma forma conviver, e claro, as que realmente não quero mais sequer perder meu tempo.

Na idade em que estou (mais de quarenta) não posso me dar ao desprazer de conviver e ir a lugares onde não quero, seria perder tempo, e agora, tempo é muito importante. Melhor estar comigo mesma do que com alguém que não vale a pena. Prefiro estar dentro da minha casa do que em algum lugar que não gosto.

O mais difícil é fazer com que as pessoas entendam que nem sempre quero ir a determinados lugares, e nem sempre quero falar com determinadas pessoas que fazem parte da lista em segundo plano.

Todas, ou quase todas as pessoas que fazem parte do meu círculo social e parental, acham que devo sair mais, ir a qualquer lugar, pois estar em casa não pode ser melhor que sair de casa.

É uma coisa que me irrita profundamente, não entendo o que faz com que as pessoas achem que sabem o que é melhor pra mim.

Dos lugares que ainda não fui, mas gostaria muito de ir, estão alguns recantos do Brasil, que ainda considero o lugar mais lindo do mundo, o Canadá, a Suiça, e outros países como os da Europa do leste. Das coisas que ainda farei estão uma linda tatuagem. As pessoas, não posso listar nem as que quero conhecer nem as que dispenso o convívio, seria deselegante.

Cinthya Fraga
Enviado por Cinthya Fraga em 12/01/2012
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