O PINCEL DA VIDA E SUAS CURIOSAS CORES

Estes dias precisei comprar uns pincéis. Pois é, descubri o talento da pintura também.

Mamãe sempre dizia que na minha infância eu já pintava. Só que eu pintava o sete, entenderam?

Pintar o "sete" aqui no nordeste, significa que é uma pessoa bem extrovertida, dinâmica e peralta.

Comprei meus pincéis, mas antes de adquiri-los, fiquei a imaginar que cores aqueles pincéis iriam pintar. Como seriam meus desenhos, minhas artes e criações... Perdida em meio aos meus pensamentos, ri dentro em mim e imaginei um pincel azul, outro amarelo, outro verde, um cinza, um vermelho e quando me dei conta já estava com várias cores na mente, mas nada tinha saído do mundo das ideias ainda.

Tratei de iniciar minhas 'travessuras' e pintei uma garotinha sentada embaixo de uma árvore frondosa, lendo alguns livros.

Fácil diagnosticar, ora: Aquela 'menina' da tela era eu.

Ah, as cores falaram muito para mim: O azul dizia que estava tudo bem, o amarelo me pedia atenção na travessia, o verde me falava da natureza, o cinza eram as tardes tristonhas que já havia passado, o vermelho me lembrava a braveza e firmeza de ser mulher... Enfim, cada cor naquela imagem demonstrava um pouco do que eu percebia por trás das lentes.

Tudo de bom e que me faz bem: O colorido da vida, a árvore frondosa, criança e livros...

Guardei meu primeiro trabalho artístico e agora compartilho um pedaço da história com meus cúmplices leitores.

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 14/12/2011
Código do texto: T3389263
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