Sobre a Divisão do Pará

Belém, 07 de dezembro de 2011.

Caríssimos,

Chegando à reta final do Plebiscito sobre a Divisão ou Não do Pará, constato que perdemos uma oportunidade valiosa de discutir os problemas sociais, econômicos e ambientais que afligem este Estado. Independente do SIM ou do NÃO, queria ver os depoimentos dos moradores do rio Mamuru, lá longe quase vizinho a Parintins, que sentem falta de políticas públicas para a sua região.

Gostaria de ouvir seu Pirarara, lá de Gurupá, sobre a carência de segurança pública que não permite se navegar em paz nos rios do estuário, insegurança também citada pelo pescador de Curralinho.

Queria ouvir do pessoal de Baião sobre uma Transcametá mais bem cuidada, preparada estrada para o inverno que está por vir.

Ah se em Altamira os benefícios de Belo Monte chegassem de maneira mais equilibrada a todos, mas só vejo a unidade do ovo aumentando a cada dia com a especulação agressiva (um barqueiro me disse que o ovo já tá R$0,40).

Bom seria se em Almeirim tivesse médico a contento para a população.

Extraordinário haveria de ser se parassem de tirar madeira irregular em Portel, onde perdem as comunidades, o governo, a prefeitura, o meio ambiente.

Poderíamos discutir o combate real e irrestrito à malária de Anajás.

Poderíamos debater o lixo na capital paraense.

Apontaríamos que em Nova Ipixuna seria local de fortes conflitos fundiários e enxergaríamos soluções.

O bom debate sobre o turismo feito por comunidades em Santarém.

A atitude de indicar uma educação de qualidade para o meio rural e urbano.

Um Pará mais forte.

Um paraense mais cidadão.

Um "Égua" mais vezes gritado por sentimento de felicidade.

"Mas Quando?"

Quando tomarmos nosso destino em nossas mãos, não confiando mais nos politiqueiros.

Pará.