Crônica de Ano Novo

Porto Alegre encolheu depois das Festas. Reduzidos automóveis tomam às ruas. Hoje, calmos, sem a neurótica mania de levar tudo de roldão.Pessoas em passos de passeio.Alguns cachorros.

A temperatura está amena, em pleno verão. Pode-se ver o desfile de amarelos e lilases adornando guapuruvus e ipês.Sardas vermelhas, nos flamboyants.

O ano se inicia. Com ele, talvez a esperança de um mundo melhor. Mesmo em meio a terremotos, algumas guerras, uma que outra tragédia cotidiana.

Pois, dentro de nós, reside a maior área de transformação. Não, em território físico. Falo , apenas, daquelas mudanças em nossos pensamentos, atitudes, condicionamentos. Onde podemos operar com certa liberdade. Ainda...

Embora o mundo externo mostre um rosto cinzento, vou vestir branco e me tornar leve.Parodiando o lema dos Alcóolicos Anônimos : neste dia,por estas 24 horas, tentarei...ser feliz.

Esta obra foi publicada originalmente na INTERNET, no site http://www.entrementes.com.br/, na revista literária Entrementes, edição 52, janeiro/2004