UMA PROMESSA DE ALEGRIA



 
 
            Cantava no banho, com promessas de alegria. Espontâneo, fazia parte do banho, da água, do perfume da mão ensaboada esfregando a pele, com sentimentos de alegria prévia. Era o ar do dia. Era a magia.
          Uma energia nova, surgida do agora, de uma coisa não sabida, uma inspiração ainda não nascida, uma riqueza surgida  enriquecendo o ar da manhã a ser vivida, e cantando músicas do Chico.
            E me perguntei _ Por quê?
            E se eu respondesse a isto, tal alegria poderia virar uma expectativa. Aí me alertei. Que de expectativas não quero viver. E a expectativa pode destruir a alegria. E só.
            A alegria pode ser sentida, livre e plena. Não precisa de expectativas, objetivos e fins.