CONTOS

Sempre houveram estrofes tristes nas poesias das canções de amor, sempre houveram despedidas, partidas e perdas cobertas pelas melodias.

Sempre houveram desencontros nos romances épicos, com alguns finais felizes, e algumas tragédias, que o digam Romeu e Julieta.

Mas algo inegavelmente perceptivel sememelhante nas canções e na literatura, é o poder sobre o destino, a certeza da escolha, o trilhar do caminho, o entregar-se a um objetivo e assumir seus riscos, assumir suas culpas e responsabilidades.

É tão fácil nos contos de fada, ainda mais sabendo-se o final, sabendo que um lindo cavalo branco cavalgara com o principe e a bela prometida pelos campos floridos com rosas, jasmins, margaridas e uma infinidade de flores, e o sol brilhando num céu azul estonteante.

Seja qual for o desfecho da escolha, o beijo apaixonado na princesa, ou a espada do vilão atravessando o peito, a volta triunfal ao seu lar ou execração publica, o heroi ou heroina sempre assume a autoria de suas decisões, de seus atos. Jamais veremos um principe culpando alguem por um percausso, ou desculpando-se, não admitindo seu erro alias, isso é o que os tornam nobres, admiraveis, essa capacidade de sofrer, perder, e não responsabilizar ninguem pelos seus erros.

Bom, mas como não vivemos num conto de fadas, e falta de carater sempre existira, vou me acostumar com a vida como ela é, mas, continuar lendo os contos de fada, para que eu suporte esse mundo hipócrita, sem deixar que minha alma se contamine, ou como disse Che Guevara, endurecer sim, perder a ternura jamais.

Renato Cajarana
Enviado por Renato Cajarana em 02/09/2011
Reeditado em 03/09/2011
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