O QUE OUVI PELO TELEFONE.
Ah, os amigos, que bom tê-los e ouvi-los quando de nós precisam. Ontem à noite pelo telefone ouvi uma amiga – que se dizia arrasada - um relato do que foi o seu desentendimento com o namorado. Essa minha amiga é uma jovem intelectual, o interessante é que até brigando ela usa um linguajar poético. Contou-me ela, então, o que havia dito pro distinto lá. Palavras suas: Sabes por que abusas do meu amor? Porque sabes que eu não consigo sair de dentro deste círculo espelhado, que me multiplica, mesmo que arrasada e desterrada eu seja pela memória tua. Deus sabe quantas tentativas fiz para sair desse circulo! Mas parece que consta no livro da vida que terei de cumprir os meus “cem anos de solidão”. Pois que seja! E que os espelhos reflitam uma imagem falada tua para que eu possa olhar nos teus olhos miúdos e descobrir em ti, cobras e lagartos e nunca borboletas azuis e bentivis . Eu quero me valer da arte de Salvador Dali e te pintar bizarro tornando visíveis as manchas da tua alma. Eu, que não sou soldado do Hesbolá quero te atirar pedras. Eu quero tocar pra ti num violino desafinado a Marcha ao Suplício da “Sinfonia Fantástica” de Berlioz, até estourar os teus tímpanos. Eu quero que o eco do meu grito retumbante proclamando eu não te quero mais, eu não te quero mais, seja ouvido pelos quatro cantos da terra. Eu quero. Eu quero. Eu quero... Sabe de uma coisa, eu não quero nada! Absolutamente nada! Nada! Nada! Eu só quero te esquecer!!
Acabou? – indaguei. Do outro lado da linha imperou o silêncio. Insisti. Mas diga ai, qual foi a reação do valente? E ela respondeu...digamos, um tanto incabulada e ainda por cima gaguejando: uuuma so sonora gargargalhada... eee parpartiu pro pro aabraço . .
Ah, nós mulheres, somos terriveis!
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Pelo Telefone -
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/pelotelefone.htm
Ah, os amigos, que bom tê-los e ouvi-los quando de nós precisam. Ontem à noite pelo telefone ouvi uma amiga – que se dizia arrasada - um relato do que foi o seu desentendimento com o namorado. Essa minha amiga é uma jovem intelectual, o interessante é que até brigando ela usa um linguajar poético. Contou-me ela, então, o que havia dito pro distinto lá. Palavras suas: Sabes por que abusas do meu amor? Porque sabes que eu não consigo sair de dentro deste círculo espelhado, que me multiplica, mesmo que arrasada e desterrada eu seja pela memória tua. Deus sabe quantas tentativas fiz para sair desse circulo! Mas parece que consta no livro da vida que terei de cumprir os meus “cem anos de solidão”. Pois que seja! E que os espelhos reflitam uma imagem falada tua para que eu possa olhar nos teus olhos miúdos e descobrir em ti, cobras e lagartos e nunca borboletas azuis e bentivis . Eu quero me valer da arte de Salvador Dali e te pintar bizarro tornando visíveis as manchas da tua alma. Eu, que não sou soldado do Hesbolá quero te atirar pedras. Eu quero tocar pra ti num violino desafinado a Marcha ao Suplício da “Sinfonia Fantástica” de Berlioz, até estourar os teus tímpanos. Eu quero que o eco do meu grito retumbante proclamando eu não te quero mais, eu não te quero mais, seja ouvido pelos quatro cantos da terra. Eu quero. Eu quero. Eu quero... Sabe de uma coisa, eu não quero nada! Absolutamente nada! Nada! Nada! Eu só quero te esquecer!!
Acabou? – indaguei. Do outro lado da linha imperou o silêncio. Insisti. Mas diga ai, qual foi a reação do valente? E ela respondeu...digamos, um tanto incabulada e ainda por cima gaguejando: uuuma so sonora gargargalhada... eee parpartiu pro pro aabraço . .
Ah, nós mulheres, somos terriveis!
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