MARAVILHOSAMENTE A SÓS

Estavam a sós...

Juntos e em total solidão...

Dividiam o melhor dos silêncios...

Havia uma aura de felicidade que os envolvia como se fosse uma pequena fresta de cumplicidade que não dá e nem cobra nada! Só a sensação maravilhosa do nada... Sem necessidade de ter com o que preencher.

A sós se bastavam e era maravilhoso estar a sós a dois...

Ao fundo apenas o farfalhar das asas da cotovia, que compenetrada, sugava o néctar das flores e nem se dava conta da solitude dos dois.

Mais adiante um sapo coaxou e houve um cricrilar de grilos...

Entardeceu, e o reflexo do sol banhou-se nas águas do riacho...

Então, os dois se deram as mãos e rodopiaram e riram tanto até cair...

O céu rodava e as primeiras estrelas apareciam para espiar os dois...

Se havia algo de perfeito, esse momento era de rara perfeição...

Como se fosse um código secreto, juntos, os dois deram um suspiro de inegável satisfação...