UM DIA AINDA ESCREVO UMA NOVELA DAS OITO.

Eu queria muito que houvessem mais oportunidades para os sonhadores

Não para os sonhadores comuns, aqueles que sonham mas não teem coragem de dar a cara a tapa, lutar pelos seus sonhos. Confesso que estou no limiar das portas desse rol, desse imenso clube claustrofóbico, que ja comporta tantos hononarios membros, se acotovelando sobrepostos um ao outro, dividindo o ar que há muito ja rarefeito pelos milhões pares de narinas sonhadoras que hora desanimam pela dificuldade de por em lugar algum que lhes sirvam de vitrina, ou por faltar-lhes mesmo coragem de expor seus sonhos, ou medo do ridiculo, ou taxação de locos, lunáticos promotores de asneiras.

Mas o que é o que diverte, se não asneiras? Ou disseminação do que nos é deliosamente tentador, mas desencorajadoramente evitada por nossas convenções sociais, leis morais e eticas?

Quem não se deliciou ouvindo um vai cachorra chega ai... Das imundas letras dos funks proibidões, ou se viu agarrado a esperança da mocinha que pos um belo par de chifres no maridão que so pensava em trabalho numa dessas novelas das 20 horas, que começa as 21 e 30.

Pois é, que são, se não asneiras, pelo menos para nosso senso critico de moral e bons costumes. Mas são os loucos, lunáticos, promotores de asneiras que ousam em desafiar o pruritanismo hipócrita e mediocre de nossa sociedade, que não admite que haja seres livres, sem compromisso com nada, ha não ser viver e sorver o que de melhor a vida pode lhes proporcionar, não aceitam o novo, mesmo sendo bom, não aceita porque ja existem muitos outros bons já constituidos, con sagrados, ou o bom tem que se aperfeiçoar para ser melhor. Para que investir numa coisa boa nova, se os que estão ai já são bons?

Pena, é realmente uma lástima, pois tudo se recria, novas ideias podem diversificar o que ja não é tão novo, interessantes.

As artes infelizmente sucumbiram ao comercial, ao imperio de satisfação financeira.

AH! Quantos bons musicos, atores e atrizes, pintores, escritores, quantos compositores não chegam aos olhos e ouvidos do povo brasileiro por pura falta de apelo comercial.

Talvez pensem; Do que estara falando esse escritor? Sera um anarquista amante das coisas não corretas?

Eu responderei;- Não, sou um admirador do que é certo, cumpro as leis morais e eticas, so não concordo com a divulgação, a apologia de ao que todos nós sabemos, sem hipocrisia, influencia sim aos que estão do outro lado, vendo seus idolos em situações diria, no minimo constrangedoras se acontecessem na vida real.

O pior de tudo, é não ter ninguem que tenha oportunidade de mostrar o outro lado da moeda.

Bom, mas quem sou eu para dizer essas coisas?

Sou apenas mais um lunático sonhador, um louco que reluta em adentrar esse imenso portal que me levara ao esquecimento, que me juntara aos sorumbáticos homens sem sonhos, ou que outrora sonharam e, hoje amontoados um sobre os outros, como carros empi lhados n'algum desses pátios Brasil afora, viram seus sonhos morrerem ou sentiram a impossibilidade de seu sonho.

Eu por enquanto, exausto, vacilante quanto as oportunidades da vida, continuo sonhando, continuo implorando.

Há se os sonhadores tivessem mais oportunidades. Não os comuns, os que não lutam pelos seus sonhos.

Um dia, ha um dia... Ainda escrevo uma novela das oito!!!!!!

Renato Cajarana
Enviado por Renato Cajarana em 15/06/2011
Reeditado em 05/01/2013
Código do texto: T3036546
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