QUAL SERVENTIA LHE DARIA? (EC)
 

Não, não estou atrás de uma fita amarela gravado com o nome dele para levar quando eu morrer, estou mesmo é pensando se eu tivesse  uma velha lata amarela o que eu guardaria dentro dela... O meu testamento? Não fiz nenhum. As minhas memórias? Também não, estas só a mim pertencem. As minhas verdadeiras amizades? Não caberiam... Yo tengo tantos amigos / que no los puedo contar. Os meus segredos? Não os tenho Os meus desejos, as minhas vontades? Não  poderei alcançá-los: alguém me daria o céu, a terra e o mar? Por mais criativa que seja a minha imaginação não sei qual a serventia que daria a tal velha lata amarela. Talvez coubesse  um  coração meio triste, - não por culpa de  filho nenhum ter me arrancado do peito –  contudo, apesar de meio triste, sabe reagir a altura quando o momento exige  e da maneira fácil que se apega,  desapega, esquece... e passa a bater no compasso de espera d
e que o sol se levante outra vez. 
 
Este texto faz parte do Exercício Criativo – Na Velha Lata Amarela. Saiba mais, conheça os outros textos: http://recantodasletras.50webs.com/lata.htm
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 27/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2996420
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