RIO, CRÔNICA DO SEMPRE : UMA CRÔNICA A CADA DIA

Fomos contemplados no ano de 2003 no concurso de crôni-

cas "Rio, uma Crônica a cada Dia ", comemorando os Cem A-

nos da Casa Cruz ___Papelaria, Livraria e Artigos Artísticos em

Geral ___Rio de Janeiro. Representando a Tijuca, mas vendo o

Rio como um Só Corpo de Glória ___Brilhou o Sol e obtivemos

um Primeiro Lugar. Houve comemoração na Bienal do Livro, Sa-

lão Rubem Braga, sentindo-nos honrados com a companhia de

tantos talentosos companheiros de letras ___ figurando em um

livrinho com crônicas representativas de toda a Cidade do Rio.

(Editora Litteris ). Bem poderia a Conceituada Loja, tão conhe-

cida e querida dos cariocas, repetir a "dose". O Vinho da Litera-

tura é o mais saudável ___ sua atuação tão destacada é no

Corpo da Alma. Que é, afinal, toda-Luz ! É a modesta, mas sen-

tida crônica que se segue. Feita para um Rio de Janeiro de bra-

ços -todos -Irmãos !...

Jorge Sunny

"O amor ___nas artes da Paz: multielo da Vida "

Machado de Assis - Esaú e Jacó__ adaptada.

Cantamos como escritores, de modo geral, a terra querida,

berço, lar, promessa de sonho e adereço. E, por cantar, es-

quecemos desmazelos e tropeços, penúrias e escórias,tal co-

mo se a vida só admitisse rara, este prisma de uma noção i-

deal e que se diz mais clara, cantamos, contamos como es-

critores.

Rio, cada dia, uma crônica.

E qual o Tempo do Rio ?

E o que, nos seus pequenos tempos, nos conta o Rio ?

Suas costelas de serras em dorso estendidas e espremi-

das / premindo ex/premendo-se, misturando água e luz, nu-

vem e azuis, como ramas de feijão que refletissem preciosas

pedras preciosidades, mares de derramares.

É o compasso do trem (...)É a instigadora praia (...) É um

oco torto favela; é não lembrar mais dela, cachaça, tristeza,

panela.

Rio: Ex, Os e depois. Diamante e Cerâmica. Tela céu Pin-

cel. Mar, Ar, achar e Marear. Rio é cultivo.

O rio é aquela frase banal de repente iluminada por Deus.

Baía, concavidade onde o tempo se concentra e recon-

centra.

O Cristo um dia foi embora, matula às costas, deixando a-

trás de si, no seu lugar de raiz o respeito ao tempo que resu-

me o tempo para Deus um no Amor,Senhor do Tempo dos Tem-

pos.

Fez situar na presença a cor-Amor para todos.

Passam bondes, águas viva para além dos arcos da cari-

oca.

E todos tomam banho. Um trenzinho água liga os nomes.

Roupas no varal.Acari-Irajá, Vista Alegre-Cascadura, Catumbi-

Marambia, Gávea-Curupaiti, Ipanema-Abolição e...Canção Can-

ção Canção.

E o orgulho de duplas, pares e compares.

Um dia os dois irmãos brigaram, um para o lado, outro para

o outro. A praia é testemunha, chora até hoje, Rio verde

esperança. Rio verde por onde vou Central-descentral.

Dois irmãos voltarão.

A Gávea chama os índios. Há uma elocução imemorial. Na-

vio do infinito.

E o Rio ao rir, semente, abre futuros cotidianos do dia a

dia.

A cada dia um passo rumo à plenitude de frutos com flores.

Rio, visão específica.

E, se há vida, há mamadas de amor. Golfo sublime maior

Sabedoria.

Presenças, renúncia amorosa, conflito, volta, ciúme, der-

rota, vitória,ideal,sonhos, Sínteses do drama do tempo no Rio.

Mas o arco-íris cinge o Rio.

Redondo como a onda do tempo Amor, espraiando a espe-

rança par por onde vá Reunião maior ___vá/ chega/ vai, um

abraço de par e pai um jorro de promesa de chegada num

tempo criador.

É mundo-rio. Delta.Sol nascente, rumo ao sempre. Revista.

Gosto de vida :Os elevados e linhas se embolaram, vingan-

ça do trânsito engarrafado ___viadutos e perimetrais, casca-

duras, madureiras, rio a niteróis, saistotais. Pontes e vias em-

boladas rumos que se negam a ir.

Ao tempo já estão soltos. São índices.

A Tijuca chora o ultraje em ciúme de fazer os dois traba-

lhos : o canto e o apronto.

O que chega, o que vai ___ vai levando o que está___ es-

tá na bênção, na ação, na separação ___ várias cores e o

verde ___ o que fica ou não o que ___ficará.

Rio são rios, vidas nos cavaletes soltas e vivas como bor-

boletas.

Misté-Rio.

É pedra do tempo que humilde fala de comparações e his-

tórias de vida, com paciência de cotidianos, completas que o

resiste.

Voltas : deus e homens na Rocha da Presença.

O amor nos banha.

Aquarelas belas, o Rio pinta. Seiva, da colorida, em flor.

Como três, irmãos voltarão. Ah! Rio !... de dezembro a de-

zembro, Unificai, cromos,cômica, comes e alimenta-nos em

crônica. É mundo-Rio. Rio-verso-universo. Capital Flor. Entre

o Rio e o pão de açúcar e o Cara de Cão, prenúncios do Bem

Maior, Lua de lír/ a/ ios. Fogo de vida em rio. Amor Maior em

campos do senhor.

E se revela esta bandeira beijando outras terras. Uma

das praças de recri/ ação.

Amor a Todas as Terras,

_____Sunny.

Jorge Sunny
Enviado por Jorge Sunny em 26/05/2011
Código do texto: T2994385