Mulheres A Flor da Rua*
Esta foi uma semana cheia de emoções. Tudo começou na sexta-feira passada, quando Caio Cézar me convocou para uma reunião. Lá fiquei sabendo que a POEMA fora convidada para integrar a programação do corredor cultural.
No mesmo instante a bomba: a estréia seria na sexta-feira seguinte e nós (eu, Dulce Cavlacante, Gorete Serra, Margarete Freire e Vanja Reis) faríamos o recital. Orgulhosa de estar entre as melhores poetisas de Mossoró, aceitei o desafio, mas lembrei a ele minha dificuldade em decorar. Não tem problema, leia. Respondeu-me ele.
Aceito o desafio começamos a trabalhar. Domingo passamos o dia reunidos. Saímos de lá com ensaios marcados de segunda a quinta, após as 22h, mas, nem tudo caminha como planejamos. O primeiro ensaio foi ótimo. Terça-feira fui informada que meu irmão estava hospitalizado, em Marabá-Pa, vítima de um acidente. A notícia me tirou o chão. Avisei meus irmãos, mas chegamos a conclusão que só avisaríamos a mamãe quando ele estivesse fora de perigo. Fui para o ensaio mais morta que viva. O ensaio foi um fracasso. Meu desânimo contagiou todo mundo. No dia seguinte não ensaiamos. O grupo que se apresentaria no sábado estava lá, ensaiando. Quinta meu irmão recebeu alta. Fiquei mais aliviada. Fizemos o último ensaio.
Sexta-feira, o dia foi cheio. Procurei não pensar no recital, pois toda hora que pensava me dava um frio na barriga. Planejei chegar mais cedo no trabalho, para compensar a saída antecipada, não deu, terminei chegando atrasada.
Estava em minha sala quando fui chamada as pressas na sala dos professores para resolver um problema. Pensei - é tudo que não preciso neste momento, mas trabalho é trabalho. Chegando lá fui surpreendida com uma festa. Nem precisa dizer que chorei. As emoções acumuladas durante a semana, o carinho de meus companheiros de trabalho, transformaram minhas emoções em sentimentos líquidos.
Para aumentar a ansiedade começou a chover. Recital ao ar livre não combina com chuva. Às vinte horas cheguei no cafezal, lugar onde aconteceria o recital. Já estavam lá Caio, presidente da POEMA, Dulce e pouquissimas pessoas. Melhor assim, pensei. Assim, se a coisa não fluir teremos poucas testemunhas. O espaço continuou assim até o final do show de Regina e Mazinho, dupla maravilhosa que se apresentou antes do recital.
Derepente a praça começou lotar e meu nervosismo crescia na mesma proporção. Vi chegarem os atores do Chuva de Bala no País de Mossoró, pessoas da Academia Feminina de Letras e Artes de Mossoró (AFLAM). Seja o Deus quiser - pensei. Começamos o Recital. O Público, atento, receptivo e generoso, começou a aplaudir. Fim do espetáculo. Sensação de alívio. Apesar de alguns atropelos, deu tudo certo.
E ainda ganhamos um mimo de Kyldemir, grande poeta mossoroense, estudioso da obra de Patativa do Assaré, que ao final recitou um poema feito durante o espetáculo, homenageando todas nós. Um presente inesquecível.
Foi o melhor aniversário de toda minha vida. Comemorar a festa da existência com poesia, amigos, flores e familiares é, sem dúvida, uma benção dos céus. E o melhor presente eu só receberia no dia seguinte: a notícia de que serei vovó.
Obrigada meu Deus, por tudo que tenho. Sei que vem do Senhor estas maravilhas que me fazem chorar sorrindo.
Homenagens recebidas aqui no RL
Nena 3
Hluna
CELLYME
*Título do Recital
Esta foi uma semana cheia de emoções. Tudo começou na sexta-feira passada, quando Caio Cézar me convocou para uma reunião. Lá fiquei sabendo que a POEMA fora convidada para integrar a programação do corredor cultural.
No mesmo instante a bomba: a estréia seria na sexta-feira seguinte e nós (eu, Dulce Cavlacante, Gorete Serra, Margarete Freire e Vanja Reis) faríamos o recital. Orgulhosa de estar entre as melhores poetisas de Mossoró, aceitei o desafio, mas lembrei a ele minha dificuldade em decorar. Não tem problema, leia. Respondeu-me ele.
Aceito o desafio começamos a trabalhar. Domingo passamos o dia reunidos. Saímos de lá com ensaios marcados de segunda a quinta, após as 22h, mas, nem tudo caminha como planejamos. O primeiro ensaio foi ótimo. Terça-feira fui informada que meu irmão estava hospitalizado, em Marabá-Pa, vítima de um acidente. A notícia me tirou o chão. Avisei meus irmãos, mas chegamos a conclusão que só avisaríamos a mamãe quando ele estivesse fora de perigo. Fui para o ensaio mais morta que viva. O ensaio foi um fracasso. Meu desânimo contagiou todo mundo. No dia seguinte não ensaiamos. O grupo que se apresentaria no sábado estava lá, ensaiando. Quinta meu irmão recebeu alta. Fiquei mais aliviada. Fizemos o último ensaio.
Sexta-feira, o dia foi cheio. Procurei não pensar no recital, pois toda hora que pensava me dava um frio na barriga. Planejei chegar mais cedo no trabalho, para compensar a saída antecipada, não deu, terminei chegando atrasada.
Estava em minha sala quando fui chamada as pressas na sala dos professores para resolver um problema. Pensei - é tudo que não preciso neste momento, mas trabalho é trabalho. Chegando lá fui surpreendida com uma festa. Nem precisa dizer que chorei. As emoções acumuladas durante a semana, o carinho de meus companheiros de trabalho, transformaram minhas emoções em sentimentos líquidos.
Para aumentar a ansiedade começou a chover. Recital ao ar livre não combina com chuva. Às vinte horas cheguei no cafezal, lugar onde aconteceria o recital. Já estavam lá Caio, presidente da POEMA, Dulce e pouquissimas pessoas. Melhor assim, pensei. Assim, se a coisa não fluir teremos poucas testemunhas. O espaço continuou assim até o final do show de Regina e Mazinho, dupla maravilhosa que se apresentou antes do recital.
Derepente a praça começou lotar e meu nervosismo crescia na mesma proporção. Vi chegarem os atores do Chuva de Bala no País de Mossoró, pessoas da Academia Feminina de Letras e Artes de Mossoró (AFLAM). Seja o Deus quiser - pensei. Começamos o Recital. O Público, atento, receptivo e generoso, começou a aplaudir. Fim do espetáculo. Sensação de alívio. Apesar de alguns atropelos, deu tudo certo.
E ainda ganhamos um mimo de Kyldemir, grande poeta mossoroense, estudioso da obra de Patativa do Assaré, que ao final recitou um poema feito durante o espetáculo, homenageando todas nós. Um presente inesquecível.
Foi o melhor aniversário de toda minha vida. Comemorar a festa da existência com poesia, amigos, flores e familiares é, sem dúvida, uma benção dos céus. E o melhor presente eu só receberia no dia seguinte: a notícia de que serei vovó.
Obrigada meu Deus, por tudo que tenho. Sei que vem do Senhor estas maravilhas que me fazem chorar sorrindo.
Homenagens recebidas aqui no RL
Nena 3
Hluna
CELLYME
*Título do Recital