Saber Dizer Sem Dizer o que Sabe e o que Não Sabe.

“Veja o respeito com minha cadela, sua vaca! Prezo mais ela que você!”

É possível dizer a frase acima sem contrariar outrem?

É possível ser você mesmo e mesmo assim se entreter, sem a si e a outrem ofender?

Quando num dia, em meados dos anos noventa, ouvindo Legião, notei e anotei que “quando tudo está (estivesse) perdido sempre existe (haveria) um (outro) caminho!”. E este caminho, que segue um coração, deve, impreterivelmente, ser seguido. E toda vida, por mais tola que pareça, a quem quer que seja, deve ser vivida! Sabe-se lá..., a única!?

O que lhe importa se a torta estava estragada, desde que não a comeste, e se a porta estava emperrada, desde que não tenhais dentro de si o intento de ultrapassá-la? O que importa?

O que lhe importa a veia aorta obstruída se não existem meios, esperanças e muito menos um coração partido a ponto de lhe ser transferido? Viva! A cada momento, VIVA!

O que lhe importa, ainda, o cão latindo num domingo, logo cedo, quando não se dá mais a mínima a “cães” e muito menos a domingos?

Amigo:

“A covardia é surda e só ouve o que convém!”.

O covarde só diz o disse-que-me-disse da mesmice de seus dias fúteis! O mais fraco dos seres, sofre feito um cão e atua como um rato.

O covarde precisa de multidões para se esbravejar, se espreitar, espremer, de público a lhe acariciar. O covarde, pobre-cão sarnento, vive sofrendo dentro de um sorriso amarelo, dizendo adeus e que tudo já era.

O não covarde, por outro prisma, sofre, “desde a hipergênese da infância”, o fato de não ser covarde, de estar sempre só, dirigindo o sismo dos dias vindouros..., distante da cisma do ouro, do outro, caminhando, cantando, caminhante..., cambaleante, o dia de hoje e de anteontem...

O “não-covarde” é um herói de lata, sem medalhas..., “vivendo dentro da falha” (Zumbi Soul). Não foge quando a briga chega, dá a cara a tapa!

Mas o que importa se não lhe visitarem no verão?

Quem sabe é melhor a solidão!

Não a clame, hipócrita!

Imagine! (Lennon).

O mundo do “leitor”, a pesar do “preto e branco” das “páginas e “letras”, tem muito mais “cores”...

Savok Onaitsirk, 23.04.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 25/04/2011
Código do texto: T2930265
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