ALBUM DE FOTOGRAFIAS (EC)
Caindo chuva forte por aqui... Paira no ar certa melancolia ... Aí bate uma saudade de tempos idos e vividos, de pessoas queridas e sou invadida por um desejo de lembrá-las, nem que seja através do álbum de fotografias... E cá está ele, bem à minha mão. Abro e encontro: fotografias dos avós, do pai, da mãe, dos tios, dos irmãos que já se foram... Dou-me conta que só resta eu e um irmão. Também encontro os amigos, nenhum deles se foi ainda, todos vivos. Então, me procuro e lá estou , riu com o meu corpo de gordinha, vestida de anjo, devia ter uns cinco ou seis anos de idade, coisas da minha mãe em dia de procissão, imagino. Eu no engenho do meu pai, cavalgando. Eu desfilando no 7 de Setembro à frente do pelotão. Eu no dia da formatura... Eu e o namorado... Eu casando... Eu, marido e a primeira filha. Eu, marido, primeira filha e segunda filha. Eu, marido, primeira filha, segunda filha e terceiro filho... Depois vem uma seqüência dos três filhos crescendo e crescidos... Filhos se formando, casando, genro e netos surgindo. E alguém sumindo das fotos: o marido. Fecho o álbum, perdeu a graça recordar. E me vem à lembrança, que no dia vinte e cinco deste mês completará dezesseis anos de sua partida, com certeza eu, os filhos, os genros, os netos, entre eles, dois que não conheceu, estaremos lá no cemitério levando flores e lembrando dos momentos felizes que a família viveu ao seu lado. A gente nem chora mais, a gente até acha engraçado certas passagens de nossas vidas juntos...
ESTE texto faz parte do exercicio criativo "album de fotografias". Confira outros textos,explorando o tema clicando :http://encantodasletras.50webs.albumdefotografias.htm
Caindo chuva forte por aqui... Paira no ar certa melancolia ... Aí bate uma saudade de tempos idos e vividos, de pessoas queridas e sou invadida por um desejo de lembrá-las, nem que seja através do álbum de fotografias... E cá está ele, bem à minha mão. Abro e encontro: fotografias dos avós, do pai, da mãe, dos tios, dos irmãos que já se foram... Dou-me conta que só resta eu e um irmão. Também encontro os amigos, nenhum deles se foi ainda, todos vivos. Então, me procuro e lá estou , riu com o meu corpo de gordinha, vestida de anjo, devia ter uns cinco ou seis anos de idade, coisas da minha mãe em dia de procissão, imagino. Eu no engenho do meu pai, cavalgando. Eu desfilando no 7 de Setembro à frente do pelotão. Eu no dia da formatura... Eu e o namorado... Eu casando... Eu, marido e a primeira filha. Eu, marido, primeira filha e segunda filha. Eu, marido, primeira filha, segunda filha e terceiro filho... Depois vem uma seqüência dos três filhos crescendo e crescidos... Filhos se formando, casando, genro e netos surgindo. E alguém sumindo das fotos: o marido. Fecho o álbum, perdeu a graça recordar. E me vem à lembrança, que no dia vinte e cinco deste mês completará dezesseis anos de sua partida, com certeza eu, os filhos, os genros, os netos, entre eles, dois que não conheceu, estaremos lá no cemitério levando flores e lembrando dos momentos felizes que a família viveu ao seu lado. A gente nem chora mais, a gente até acha engraçado certas passagens de nossas vidas juntos...
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