O conflito na Líbia
 
            Existe um movimento grande para coagir Kadhafi a deixar o poder.
            Se ele está realmente massacrando o povo, a opinião procede. Se há uma luta declarada entre dissidentes armados e governo, fica caracterizada a guerra civil e ninguém possui o direito de dizer mais nada, apenas gostar mais de um dos lados.
            O estado de guerra não permite intromissões, esta é a realidade. Povo estranho algum tem o direito de imiscuir-se. A guerra é cruel, mas sempre existiu e só os tolos acham que um dia vai acabar. A cada minuto que passa, mais sofisticação nas máquinas de matar e destruir. Não se pode esconder ou fingir que não se nota esta realidade.
            Até bem pouco tempo, Muammar Kadhafi mantinha o controle absoluto da Líbia, mas o povo árabe está convulsionado. Se apenas protestam, sem armas, contra o ‘coronel’ e estão sendo massacrados pelas forças do governo, é crime e ele deve ser punido. Severamente punido.
            Mas se é luta armada, estranhos fora! Quem vencer assume o poder com a legitimidade das armas. A figura soa estranha, perante o direito? Ora, na Segunda Guerra o eixo foi derrubado pela mesma força, com toda legalidade possível.
            A guerra deve sempre ser evitada, mas uma vez em curso, é esperar o vencedor. Quando é fratricida fica bem mais cruel, é repugnante, mas é luta.
            Fica somente a pergunta: o que está acontecendo realmente na Líbia? Confiar na imprensa estrangeira neste momento é ser muito ingênuo.  

imagem:  Rebeldes líbios/Google