PESSOAS LINDAS

 
Acordei lembrando pessoas lindas que há no Recanto.
Pessoas talentosas, lindas e generosas. Sinto um agradecimento ao Recanto das Letras por nos dar a conhecer e construir amizades maravilhosas com pessoas especiais.

Ao transcorrer o tempo de dois anos no Recanto, que possibilita escrever e conhecer o que os outros escrevem, vão-se conhecendo escritores e poetas, pessoas diversas que se parecem pela qualidade que são. Cada um tem uma personalidade única e um valor especial.

Tal possibilidade é de uma riqueza e um encanto que, forçosamente, nasce um reconhecimento e um agradecimento da mesma dimensão dessas ilustres e talentosas pessoas, simples e belas, aproximadas e viradas amigas, algo muito bom, maravilhoso.

Com a proximidade do Natal e do final do ano, encerrando-se uma etapa de vida, o sentimento é de beleza e de amor. Confesso o amor por cada personagem literária do Recanto.

A cada ano renovamos esperanças. E a cada ano que se completa reconhecemos os ganhos e crescimentos que tivemos. É lindo.

Claro que não posso nomear estas distintas pessoas, pois não há comparação uma com a outra, mas na leitura deste texto, elas todas aqui saberão se encontrar. Sabem que são magistrais, personalíssimas, sabem da minha admiração por elas e, até a circunstância virtual torna-se um bem, pois não estamos atrelados a nada, podemos todos ser simples, livres e verdadeiros nas nossas expressões literárias. Não somos regidos por propaganda, por uma TV, ou uma mesma religião, ou uma empresa, ou uma organização, ou uma ONG, ou uma política, ou um diretor, um país, uma lei, ou restrições emocionais e familiares, ou “sorria vc. está sendo filmado”, enfim é quando se alcança a liberdade de ser sem comandos, com nossa livre expressão e de simplesmente não ser conduzidos por ninguém nem nada.

 Tal privilégio de se sentir livre é raro.

E só o percebemos, às vezes, tão imbuídos de comandos no mundo atual somos, e nele introjetados. Bom é a mente ficar livre e poder ver o fato e não a idéia. Deixamos de ser conduzidos a ver o que o outro quer que veja.

Desde ontem eu refletia nessas coisas. Não perguntar: “posso?”, “o que é?”, “que devo fazer?” tais indagações são para quem não desfruta a liberdade de ser. Quando se é livre, não se pergunta, faz. Não pergunta “o que é”, pois interessa é o que se vê. Nem o que deve fazer, sabe-se e faz. É a nossa ação livre.       
                                                                              

O mesmo acontece com o tempo, com a beleza, com si mesmo, quando está consigo próprio e aí se tem o domínio, ou seja, é livre.

Esta é a beleza.